Filho de Puccinelli presta depoimento e deixa Polícia Federal após três horas
Professor universitário foi conduzido coercitivamente
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Professor universitário foi conduzido coercitivamente
Filho do ex-governador André Puccinelli (PMDB), o advogado e professor universitário André Puccinelli Júnior foi liberado após passar pouco mais de três horas e meia na sede da Polícia Federal em Campo Grande nesta quinta-feira (11).
Júnior acordou com a Polícia Federal em seu apartamento e foi levado coercitivamente para depor, no camburão. Membros do Ministério da Transparência (Controladoria-Geral da União) e da Receita Federal também foram ao prédio, onde permaneceram por duas horas fazendo buscas.
O professor deixou o local sem dar nenhuma declaração à imprensa. Três viaturas chegaram antes das 6hs da manhã no Edifício Monet, no Bairro Royal Park. Duas viaturas saíram em direção à superintendência da PF às 6h10 levando o advogado e alguns agentes.
Operação Máquinas de Lama
Além de Campo Grande, 270 agentes da PF, CGU e RF estão nas cidades de Nioaque, Porto Murtinho e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, São Paulo (SP) e Curitiba (PR), são alvos dos Operação que cumpre três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
A investigação tem como objetivo desbaratar Organização Criminosa que desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos. Os recursos desviados passaram por processos de ocultação da origem, resultando na configuração do delito de lavagem de dinheiro.
Esta nova fase da investigação decorre da análise dos materiais apreendidos em fases anteriores, cotejados com fiscalizações, exames periciais e diligências investigativas, as quais permitiram aprofundar o conhecimento nas práticas delituosas da Organização Criminosa. Restaram ratificadas as provas de desvios e superfaturamentos em obras públicas, com o direcionamento de licitações e o uso de documentos ideologicamente falsos a justificar a continuidade e o aditamento de contratos, com a conivência de servidores públicos. Os valores repassados a título de propina eram justificados, principalmente, com o aluguel de máquinas. As investigações demonstraram que estas negociações eram, em sua maioria, fictícias, com o único propósito de aparentar uma origem lícita aos recursos financeiros.
Detectaram-se também novas motivações para o pagamento de propinas aos servidores públicos e a consequente tentativa de lavagem de dinheiro, dentre os quais a obtenção de benefícios e isenções fiscais. Entende-se que os prejuízos causados pela Organização Criminosa ao erário, levando-se em consideração os sobrepreços e desvios em obras públicas e as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa tem um valor aproximado de R$ 150 milhões.
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