Advogado afirmou que nome está à disposição da legenda

O advogado e cozinheiro Fonseca, o ‘Mamão' do BBB 17, afirmou que está à disposição do PT, partido ao qual é filiado, para as eleições de 2018. Longe de Campo Grande há cerca de 15 dias, o ex-BBB está em , onde participa do acampamento Terra Viva, organizado por integrantes dos movimentos indígena e quilombola.

Em entrevista recente ao portal Metrópoles, Ilmar deixou clara sua fidelidade à legenda ao anunciar eventual candidatura. “Vai depender de onde o PT precisar de mim. Claro que saio pelo partido, fico no PT nem que eu seja o último a apagar a luz”, disse.

Por telefone, Ilmar conversou com o Jornal Midiamax e reforçou seu compromisso com o PT. Ele afirmou que já teve agendas com nomes importantes do partido, como o ex-presidente Lula e a senadora Gleisy Hoffman, e que ainda nesta semana deve reunir-se com o também senador petista Lindiberg Farias. Todos os encontros, afirma o advogado, servem para reforçar que seu nome está à disposição do PT.

Com retorno à Campo Grande previsto para este sábado (29), Ilmar afirma que dará início a um planejamento estratégico e a uma linha de atuação sobre seu nome, que ganhou repercussão nacional após o reality. “Quero rodar o Brasil destacando minha atuação política, no BBB e como advogado popular, de direitos humanos e indigenista”, afirma.

Segundo o advogado, ele já foi procurado por diretórios do PT no Rio de Janeiro e no interior paulista, que o convidaram para avaliar sair candidato por estes Estados. “Tudo a gente está conversando, mas, a princípio, eu sairia por Mato Grosso do Sul, mesmo. Eu sou aficionado pelo Poder Legislativo, mas candidatura vai depender do partido, que vai dizer onde melhor eu poderia contribuir pro projeto do 2018”.

Agenda indígenista e mudança de nome em MS

À reportagem, Ilmar também destacou que seguirá sua militância indigenista e que pretende puxar novo debate sobre uma eventual mudança no nome de Mato grosso do Sul. “O BBB me ajudou a amplificar algumas bandeiras, como a violação dos direitos indígenas em Mato Grosso do Sul. E além disso, quero puxar esse debate sobre a divulgação turística do Estado, sobre essa necessidade de distinguir o Mato Grosso de MS”.

Segundo Ilmar, a ideia é puxar um debate acadêmico, com participação e todos os setores envolvidos, desde a divulgação turística, entidades como Fecomércio e Fiems e os cursos de nível superior em turismo. “Seria um debate sem rancor, sem ranço. Um debate acadêmico, com participação das entidades, porque a verdade é que perdemos muito do turismo para Mato Grosso. Temos que fazer esse debate com base econômica, turística, em busca de um melhor desempenho de como vender a imagem de Mato Grosso do Sul”, diz.

Ex-BBB na política

Outros ex-BBB de MS já tentaram carreira política (Reprodução/Facebook)

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Não será a primeira vez que ex-participantes do Big Brother Brasil arriscam vida política. Em Campo Grande, a tentativa mais recente foi da finalista do BBB 9, a jornalista e musa fitness Priscila Pires, que não obteve sucesso em sua candidatura à vereadora de Campo Grande. Atualmente filiada ao PMDB, ela conquistou apenas 691 votos no último pleito.

O primeiro representante do Estado no reality, que desistiu do confinamento bem no início da segunda edição, Dilsinho Madmax também saiu candidato a deputado estadual pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão) em 2010, mas obteve somente 608 votos, ficando de fora. O vencedor do BBB 12, o agrônomo Fael Cordeiro, saiu candidato a deputado estadual pelo PSB (Partido Social Brasileiro) em 2014, mas ficou apenas como suplente, com 13.726 votos.

Ilmar, no entanto, fez questão de diferenciar-se de outros confinados que ingressaram na vida política, até mesmo de Jean Wyllys (PSOL-RJ), um dos políticos brasileiros mais bem sucedidos, vencedor do BBB 5. “O Jean Wyllys é uma figura que participa do reality, ganha e depois se projeta na política. Eu faço o inverso, eu tenho um histórico. Eu tô na política e vou pro reality pra ter uma maximização da imagem”, afirma.

Logo que foi eliminado do BBB 17, petistas de MS admitiram que o advogado poderia ser aproveitado em 2018. “É claro que ele construiu um nome e para 2018 terá um recall muito forte. Ele pode estar na construção do projeto de 2018”, afirmou o presidente do diretório estadual do PT e ex-deputado federal Antônio Carlos Biffi ao Midiamax. Deputados estaduais da legenda também declararam apoio a Mamão, mas enfatizam que é por seu histórico dentro do PT e não pelo BBB.

Ilmar chegou a ser pré-candidato a senador pelo PT em 2014, logo após envovler-se em discussão com o então governador André Puccinelli (PMDB). Entretanto, o ex-BBB desistiu da candidatura para apoiar Ricardo Ayache (na época, PT), para o cargo. Ele chegou, inclusive, a doar R$ 2 mil à campanha. “Entrar no programa foi uma estratégia que me ajudou a divulgar meu nome nacionalmente, um espaço onde eu expus minha imagem e meus valores éticos. É por isso, inclusive, que coloquei meu nome à disposição do partido”, conclui Ilmar.