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Política

Ex-assessor da Prefeitura corre ‘risco de morte’ em prisão no Pará, diz família

Advogada pede transferência de Ronan desde maio
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Advogada pede transferência de Ronan desde maio

A família de Ronan Edson Feitosa, ex-assessor do ex-prefeito (sem partido), condenado a quatro anos e seis meses de prisão em regime semiaberto, está preocupada com a situação do presidiário, detido há oito meses no Pará em regime fechado. 

Segundo a advogada de Ronan, Ana Cláudia Rodrigues Rocha, o ex-assessor estava até o fim de maio detido no Centro de Recuperação Regional de Bragança, na cidade de Capanema, no Pará. A família vinha pedindo desde o início daquele mês a transferência de Ronan para .

No dia 8 de maio, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Adriano Garcia Geraldo, assinou uma solicitação de pagamento de diária para dois policiais civis fazerem a custódia e transferência de Ronan, de Bragança, para o Complexo Penal da Gameleira, em Campo Grande, a 2,5 mil quilômetros de distância. 

A transferência deveria ocorrer entre os dias 29 e 31 de maio. A partir daí, a Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará) transferiu Ronan do presídio em Capanema para o Centro de Recuperação de Coqueiros, em Belém, capital do Estado, onde o presidiário seria recebido pelos policiais.

Porém, os policiais não chegaram à capital paraense para realizar a transferência. “O presídio em Capanema era menor, mais seguro para Ronan, agora no de Belém, que tem um alto índice de rebeliões, a gente teme pela segurança dele”, explica a advogada Ana Rocha.

Segundo documento encaminhado à Justiça Estadual pelo delegado de polícia titular da Polinter, Luiz Tomaz de Paula Ribeiro, os policiais aguardavam a compra das passagens aéreas pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) para realizar a transferência, o que até o momento não ocorreu.

Em pedido de salvo conduto feito ao desembargador Luiz Claudio Bonanssini, a advogada afirma que a família de Ronan não consegue contato com o presidiário, e que foi informada pela direção do presídio que o mesmo estaria dormindo “em cima de papelão”, e que correria “risco de morte, devido aos transtornos naquela região”.Ex-assessor da Prefeitura corre 'risco de morte' em prisão no Pará, diz família

Caso o pedido de salvo conduto seja aceito, o presidiário teria direito de comprar as passagens para vir à Capital por conta própria, tendo de se apresentar à Justiça quando chegasse. Entretanto, o pedido ainda não foi analisado pelo desembargador. 

O Jornal Midiamax tentou contato com a Sejusp e a Polícia Civil, mas até o fechamento desta reportagem não obteve respostas.

Condenação

Ronan Edson Feitosa foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelo crime de corrupção passiva, acusado de ter intermediado trocas de cheques com empresários por promessas de vantagens na Prefeitura de Campo Grande.

Os crimes teriam ocorrido durante o mandato de Gilmar Olarte, enquanto Ronan ocupava o posto de assessor especial do ex-prefeito. Olarte é acusado de pegar folhas de cheque emprestadas de fiéis da igreja Nova Aliança e trocar por dinheiro com agiotas.

Os recursos teriam sido arrecadados para quitar dívida da campanha eleitoral de 2012, quando o pastor se candidatou a vice-prefeito na chapa de Alcides Bernal (PP). Ronan deve ter sete meses de sua sentença reduzidos, já que já estava preso por esse período no Pará.

(com supervisão de Evelin Cáceres)

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