Empregada teria sido contratada como secretária e recebido verba pública
A PGR (Procuradoria-Geral da República) denunciou nesta sexta-feira (8) o deputado federal João Carlos Bacelar (PR) pelo crime de peculato, quando ocorre o uso de verba pública para proveito pessoal.
Bacelar teria contratado uma de suas empregadas domésticas, Maria do Carmo Nascimento, como secretária parlamentar em seu gabinete. Porém, conforme apontado pela “Veja”, ela estaria desempenhando trabalhos pessoais para o deputado.
Maria do Carmo foi doméstica na casa dos pais de Bacelar. Após a publicação da reportagem, ela foi demitida da função de secretária. Outra mulher, Norma Suely Ventura, também ocupa cargo igual ao da ex-empregada no gabinete do parlamentar.
Em depoimento, a empregada disse que sempre prestou o serviço de doméstica para Bacelar, mesmo em seu gabinete, e que nunca teria exercido a função de secretária parlamentar para a qual foi contratada.
Já Norma Suely, segundo a PGR, antes de se tornar secretária, teria sido funcionária da empresa Embratec Terraplanagem, do ramo da construção civil, de propriedade do próprio deputado baiano.
A procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, ainda aponta a suspeita de Norma ser uma “laranja” do deputado, por estar no quadro de sócios da empresa. Ela pede ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o deputado seja condenado e perca o cargo.
Outro Lado
Em entrevista à Folha, Bacelar afirmou que a denúncia é absurda e que irá se defender nos autos. Ele disse também que Suely trabalha em seu gabinete em Salvador, e não em sua empresa.
O deputado foi questionado sobre qual seria o endereço de seu gabinete capital baiana, mas não quis responder. Perguntado sobre o telefone do local, ele passou o contato da Embratec Terraplanagem.
