Defesa tenta reverter fiança de R$ 1 milhão imposta a Puccinelli
Bens de ex-governador estão bloqueados
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Bens de ex-governador estão bloqueados
A defesa do ex-governador André Puccinelli (PMDB) vai entrar com recurso solicitando que fiança de R$ 1 milhão imposta pela Justiça Federal seja reconsiderada. Isso porque os bens do ex-governador e de outros implicados na Operação Lama Asfáltica foram bloqueados pela Justiça, atendendo pedido do MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul).
“Dinheiro ele tem, mas não pode usar porque está bloqueado. Inclusive, a mesma juíza que determinou o bloqueio foi a que estabeleceu a fiança. Mas como pagar? É impossível”, explicou o advogado de Puccinelli Renê Siufi, que representa o peemedebista.
De acordo com Siufi, o pedido deve ser protocolado nesta sexta-feira (12) na Justiça Federal. Conforme informações da Justiça Federal, o prazo para pagamento da fiança é de dois dias úteis.
Durante a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica deflagrada na manhã desta quinta-feira, batizada de Máquinas de Lama, André foi conduzido coercitivamente à sede da Polícia Federal, em Campo Grande, para prestar depoimento. Para retornar para casa enquanto aguarda o término das investigações, fiança de R$ 1 milhão foi imposta ao peemedebista.
Após prestar depoimento o ex-governador seguiu para a unidade da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) na Rua Joaquim Murtinho, onde colocou tornozeleira eletrônica.
Máquinas de Lama
Agentes da Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (11) a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Máquinas de Lama, que tenta desmontar o que os agentes chamara de ‘organização criminosa’ que desviou recursos públicos durante o governo de André Puccinelli (PMDB).
Segundo a Polícia Federal, os desvios eram feitos por meio de direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos, que resultaram em um prejuízo de cerca de R$ 150 milhões aos cofres públicos.
Para justificar a propina, o grupo alugava máquinas e equipamentos utilizados em obras do governo estadual. As investigações mostraram que tais negociações de locação nunca existiram de fato, foram feitas apenas para dar uma origem lícita aos recursos financeiros. Foram estes alugueis que serviram para batizar a operação de Máquinas de Lama.
Além de Campo Grande, 270 agentes da PF, CGU e RF estão nas cidades de Nioaque, Porto Murtinho e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, São Paulo (SP) e Curitiba (PR), são alvos dos Operação que cumpre três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
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