Também foi pedido a exclusão de depoimentos de João Santana

Alegando não haver relação com o objeto de investigação, a defesa do presidente Michel Temer (PMDB) no processo que julga a cassação da chapa Dilma-Temer, eleita em 2014, pediu que sejam excluídos do processo os depoimentos dos delatores da Odebrecht e do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura.

O pedido foi feito nas alegações finais entregues pelos advogados do presidente nesta segunda-feira (8) ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

“Note-se que nos diversos depoimentos de executivos da empresa nenhuma referência à estatal petrolífera; nenhuma situação de propina envolvendo o governo federal no mandato 2011/2014”, diz o documento.

Nos depoimentos, os executivos da Odebrecht e de João Santana trataram de caixa dois mediante pagamentos ao marqueteiro, para compra de tempo de rádio e televisão de outros partidos da coligação do PT e PMDB. 

Para a defesa de Temer, estes fatos não tem “absolutamente nenhuma referência” à petição inicial que levou o PSDB a pedir a cassação da chapa vencedora, o que impediria a validação dos depoimentos das partes.

A defesa de Temer pede ainda a separação do julgamento das contas da chapa, entre as de (PT) e a do presidente. A defesa da ex-presidente também apresentou suas alegações finais nesta segunda-feira.

O julgamento da chapa foi interrompido em abril. O relator, ministro Herman Benjamin, vai finalizar o relatório, e o processo passará a ser pautado pelo ministro Gilmar Mentes, até o fim deste mês.

(com supervisão de Evelin Cáceres)