De tornozeleira e fiança de R$ 1 milhão, André deixa Agepen e vai para casa

Advogado disse que não entendeu valor estipulado pela Justiça

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Advogado disse que não entendeu valor estipulado pela Justiça

O ex-governador André Puccinelli (PMDB) ficou apenas alguns minutos na unidade da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) na Rua Joaquim Murtinho, local onde é feita a colocação de tornozeleira eletrônicas em presos.

“Não estou entendendo essa história da fiança de um R$ 1 milhão se ele não está preso”, declarou o advogado Renê Siufi, que foi buscar o cliente e revelou que o levaria para casa.De tornozeleira e fiança de R$ 1 milhão, André deixa Agepen e vai para casa

A residência em questão é o apartamento de Puccinelli localizado no Edifício Champs Élysées, rua Euclídes da Cunha, no Jardim dos Estados, onde os policiais federais foram busca-lo para depor coercitivamente antes das 6hs da manhã desta quinta-feira (11).

Ao sair da unidade da Agepen André não respondeu perguntas e limitou-se a desejar um ‘tenham um bom dia e bom trabalho’.

Além da condução coercitiva do ex-governador, de seu filho, o advogado André Puccinelli Júnior, a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Máquinas de Lama, culminou com a prisão do ex-secretário adjunto de Fazenda de Mato Grosso do Sul, André Cance Júnior, o dono da Gráfica Alvorada, Mirched Jafar Júnior, e de Mauro Cavalli, suposto laranja do peemedebista.

Confira o momento em que o ex-governador deixou a unidade da Agepen:

 

 

Operação

Agentes da Polícia Federal, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal deflagraram na manhã desta quinta-feira (11) a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, batizada de Máquinas de Lama, que tenta desmontar o que os agentes chamara de ‘organização criminosa’ que desviou recursos públicos durante o governo de André Puccinelli (PMDB).

Segundo a Polícia Federal, os desvios eram feitos por meio de direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos, que resultaram em um prejuízo de cerca de R$ 150 milhões aos cofres públicos.

Para justificar a propina, o grupo alugava máquinas e equipamentos utilizados em obras do governo estadual. As investigações mostraram que tais negociações de locação nunca existiram de fato, foram feitas apenas para dar uma origem lícita aos recursos financeiros. Foram estes alugueis que serviram para batizar a operação de Máquinas de Lama.

Além de Campo Grande, 270 agentes da PF, CGU e RF estão nas cidades de Nioaque, Porto Murtinho e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, São Paulo (SP) e Curitiba (PR), são alvos dos Operação que cumpre três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.

 

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