Pastor Everaldo teria recebido R$ 6 milhões para dar visibilidade a Aécio

O deputado estadual pelo PSC, , disse nesta manhã esperar que o presidente nacional de seu partido, Pastor Everaldo, mostre o contrário o que estão dizendo a seu respeito nas delações da . De acordo com um dos delatores, o pastor teria recebido R$ 6 milhões para ajudar o então candidato à presidência da república, Aécio Neves, do PSDB, em um debate de 2014.

Na ocasião, segundo informações de jornais nacionais, o combinado com o Pastor e a empreiteira era de sempre fazer perguntas a Aécio para que ele pudesse ter mais tempo de televisão e assim alavancar sua candidatura.

De acordo com David, um dos motivos para ele ter se filiado no PSC foi justamente por ser diferente e não se envolver em atos ilícitos e espera que o pastor rebata o que estão dizendo sobre ele.

“O presidente do meu partido disse que vai apresentar uma versão contrária a que foi falada pelo pessoal da Odebrecht. Eu espero que isso ocorra de fato, por que o PSC é uma sigla diferente e foi justamente por isso que me filiei nele, por estimular o fortalecimento da família, dos valores morais que não há espaço para cometimento desses ilícitos”.

Ainda de acordo com o deputado estadual, agora com essas delações, fala-se tudo que quer. “Inclusive falaram que deram dinheiro para traficante. Eu acho isso um exagero total”.

Com relação a lista divulgada, com nomes de diversos políticos envolvidos com propina junto a empreiteira, David diz que isso vai acarretar muita dificuldade nas próximas eleições.

‘Essas revelações que foram feitar colocaram a política no mais baixo nível do que já estava.  Certamente quem teve o nome citado terá extrema dificuldade de continuar na política. Isso eu digo de modo geral, de todos os partidos”, concluiu o Coronel.

Delação

Um dos delatores da Odebrecht, o executivo Fernando Reis afirmou que a empreiteira Odebrecht orientou em 2014 o então candidato a presidente Pastor Everaldo (PSC) a ajudar o candidato do PSDB, Aécio Neves, em um debate.

O objetivo era “dar mais visibilidade” para o tucano a fim de garantir uma vaga no segundo turno para disputar com a então presidente Dilma Rousseff, que concorria à reeleição, segundo informações do G1.

Em nota, Everaldo afirmou que “a atuação política sempre foi pautada pela defesa do Estado mínimo e da família. É absolutamente fantasiosa a afirmação de que as bandeiras da campanha de 2014, ou a participação do pastor, em qualquer debate, tenham sido influenciadas por uma empresa”.

De acordo com os delatores Renato Amaury de Medeiros e Fernando Reis, Everaldo recebeu R$ 6 milhões em caixa dois na campanha de 2014.

Segundo Reis, o pastor “praticamente desapareceu das pesquisas (de intenção de voto)” após a morte de Eduardo Campos, candidato a presidente pelo PSB. Isso porque os votos da comunidade evangélica migraram para Marina Silva, que assumiu o lugar de Campos.

Em depoimento, o delator afirmou que o candidato do PSC “tinha uma rixa com o PT” e que a empreiteira sugeriu então, a ajuda a Aécio.