Condenado a 8 anos de detenção, Olarte ainda não pode ser preso
Decisão foi por unanimidade
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Decisão foi por unanimidade
Condenado na manhã desta quarta-feira (24) em unanimidade pelos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, continuará em liberdade até que a decisão seja publicada no Diário da Justiça. Os desembargadores decidiram que Olarte ficará preso durante 8 anos e quatro meses, outros dois envolvidos no esquema conhecido como “cheques em branco” também foram condenados e assim como Olarte podem recorrer da decisão.
De acordo com o Tribunal de Justiça, a decisão proferida nesta manhã pelo desembargador relator do caso, Luiz Claudio Bonassini, precisa ser encaminhada para a central de acórdãos do TJ para depois ser publicada no Diário da Justiça. Só depois desse trâmite Olarte poderá ser preso, caso ele não se apresente espontaneamente à polícia.
Não há prazo para que a publicação da decisão. A reportagem consultou o diário desta quinta-feira (25), que já está disponível no site do TJ, e a decisão contra Olarte, Ronan Edson Feitosa e Luiz Márcio Feliciano ainda não foi disponibilizada.
Advogado de Olarte, que não compareceu a sessão de julgamento nesta manhã assim como o ex-prefeito, Renê Siufi disse ao Jornal Midiamax que não esteve no TJ porque preparava audiência de outro caso. Ele não respondeu à reportagem se vai recorrer da decisão do colegiado.
Condenação
Além da prisão, Olarte deverá pagar uma multa de pouco mais de R$ 3 mil. Ronan, que foi assessor especial, foi condenado a 4 anos e seis meses de prisão. Desses, sete meses serão descontados porque ele já estava preso.
Ronan é acusado de ter intermediado a troca de cheques por promessas de vantagens na Prefeitura. Luiz Márcio dos Santos Feliciano, que também teria ajudado o pastor nas negociações com as vítimas, foi condenado a um ano de reclusão e três dias multa, pena substituída por tratamento ambulatorial por período mínimo de dois anos.
O ex-prefeito é acusado de pegar folhas de cheque emprestadas de fiéis da igreja Nova Aliança e trocar por dinheiro com agiotas, com promessa de benefícios caso se tornasse o prefeito de Campo Grande.
Segundo investigações do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), que começou a investigar a teoria de que Olarte teria aplicado um golpe para derrubar Bernal, Olarte também teria prometido nomeações na Prefeitura.
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