Grupo se reunirá novamente nesta quinta-feira para votar mais propostas

A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa a aprovou, na madrugada desta quinta-feira (10), a proposta de usar o sistema eleitoral do “distritão”, e um fundo com recursos público´s de R$ 3,6 bilhões para financiamento de campanhas políticas. 

As propostas precisam ser aprovadas na Câmara e no Senado para irem para a sanção presidencial e entrarem em vigor. O relator do projeto foi o deputado Vicente Cândido (PT).

Cândido tinha incluído a proposta de fundo eleitoral em seu relatório inicial, que foi aprovada por 25 votos a 8 na comissão. O texto diz que será criado um fundo público de R$ 3,6 bilhões para custear as despesas de campanha.

Já a proposta do “distritão” foi incluída no relatório de Vicente Cândido pelo PMDB, e aprovada pela maioria da comissão. A ideia é que o novo sistema eleitoral seja adotado a partir de 2018, como um modelo de transição ao sistema de voto distrital misto.

No modelo de “distritão”, são eleitos para o Legislativo os candidatos mais votados. Atualmente, os deputados são eleitos de forma proporcional, em que se somam os votos conquistados por um partido, dividindo o total para determinar quantas cadeiras na Câmara e no Senado cada partido terá direito, sendo eleitos os mais votados de cada partido.Comissão da Câmara aprova 'distritão' e fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões

Quem apoia o “distritão” alega que, dessa forma, acabam os chamados “puxadores de voto”, ou seja, aquelas situações em que os deputados eleitos com muitos votos, como o Tiririca (PR), acabam “levando” consigo parlamentares do mesmo partido que quase não receberam votos.  

Já quem critica o modelo defende que esse sistema eleitoral, se entrar em vigor, vai dificultar a renovação dos deputados federais, facilitando a eleição dos políticos já conhecidos e eleitos. 

A comissão da Câmara deverá se reunir mais uma vez na manhã desta quinta-feira para votar outros trechos da proposta, como a extensão de mandato de dez anos para ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), a extinção de cargo de vice e de suplente no Senado.