Alíquota do ‘boi em pé' deve cair em julho

Embargo americano a carne brasileira trouxe ainda mais instabilidade, conforme o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), ao setor enredado em escândalos sobre uso irregular de incentivos fiscais. Paralelo a isso, se confirmou redução de ICMS para abates em outros estados.

Departamento de Agricultura Americano (USDA) suspendeu, na semana passada, importação da carne fresca brasileira por “constantes preocupações com a segurança dos produtos”. Isso depois de constatadas reações irregulares do gado à vacina de febre aftosa.

Caso é tratado como preocupante pelo governador, uma vez que entre os 13 frigoríficos embargados está unidade da JBS em . “Tenho certeza que o ministro [da Agricultura] Blairo Maggi vai tentar equacionar isso”, ressaltou.

Na tentativa de conter efeitos negativos a balança comercial, o governo estadual confirmou que reduzirá de 12% para 7% alíquota do ICMS aplicado a comercialização do “boi em pé”. Medida vale a partir de 1º de julho e terá vigência de 90 dias, como solicitado por entidades do setor produtivo.

“Vamos reduzir para tentar desovar um pouco desse estoque que está retido, dando mais competitividade para saída. O que mais queremos é que as plantas [frigoríficas] fechadas sejam reabertas gerando empregos”, justificou Azambuja. Com embargo americano, governo reduz ICMS para facilitar abate

Para a Assocarnes (Associação de Matadouros, Frigoríficos e Distribuidores de Carnes de Mato Grosso de Sul), no entanto, medida seria “ato desesperado” do governador em retaliação à delação dos donos da JBS, Wesley e Joesley Batista, que o implicaram em esquema de propina para assegurar incentivos fiscais a empresa.