Comissão será criada até quinta-feira, dizem vereadores

O presidente do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), Marcos Tabosa, esteve nesta terça-feira (17) na tribuna da Câmara de Vereadores para cobrar a colaboração dos parlamentares pela aprovação de um anteprojeto de lei que reduziria a carga horária dos agentes municipais de saúde.

Esta é a segunda vez que o Sisem leva os representantes da categoria à Câmara para debater a medida, que afetaria a carga horária de agentes de combate às endemias, agentes de saúde pública e agentes comunitários.

A proposta é que a carga horária, das atuais 8h em atividades nas ruas, seja alterada para 6h de trabalho de campo, com visitas em casas e empresas, e outras 2h para elaboração de relatórios e fichas. O modelo já é adotado no município de Americana, no interior de São Paulo.

Integrantes das categorias dos agentes municipais de saúde também estavam na Casa de Leis. Após discussão na tribuna, a Câmara se comprometeu a abrir uma comissão para estudar a viabilidade do projeto até a próxima quinta-feira (19).Câmara diz que vai avaliar mudança em carga horária de agentes de saúde

Discussão

Na tribuna, o líder do PP na Câmara, vereador Chiquinho Telles, pediu que haja calma na criação do projeto, para que seja estudada sua viabilidade, uma vez que o prefeito Marquinhos Trad (PSD) teria, segundo ele, pego a cidade com “dificuldades”.

“Nós não podemos errar como aconteceu no passado”, disse Telles, lembrando de um outro caso em que um projeto aprovado pela Câmara levou o ex-prefeito Gilmar Olarte (sem partido) e o ex-secretário Municipal de Saúde, Jamal Salém, a serem autuados pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul).

Após o presidente da sessão, vereador Cazuza (PP), firmar compromisso da Casa em criar uma comissão sobre o projeto, Tabosa disse que ele e a categoria iriam organizar “ônibus” e “marmitas” para os sindicalistas esperarem pela criação da comissão.

O sindicalista chegou a convidar os vereadores para comerem as marmitas. Cazuza disse que era necessário esperar pelo rito ordinário da Câmara, com a publicação da criação da comissão em Diário Oficial, e assumiu compromisso de promover o ato até quinta-feira.