Deputado questionou motivos das prisões
O líder da bancada tucana na Assembleia Legislativa, deputado Beto Pereira (PSDB), negou que tenha indicado o diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), Gerson Claro (PSB), ao cargo. Isso porque ambos, no início da gestão de Reinaldo Azambuja (PSDB), eram do PDT.
Pereira, que também é o vice-líder do governo na Assembleia, classificou as prisões de servidores, entre elas de Claro, seu ex-correligionário, de ‘arbitrárias’, e teceu críticas ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
“Não havia nenhuma materialidade jurídica para as prisões, tanto que foram revogadas. A denúncia é vexatória e ridícula. No pouco conhecimento jurídico que tenho não consigo acreditar que foi oferecido pelo Ministério Público e concedido por um juiz o pedido de prisão”, disparou o parlamentar.
Apesar de negar a indicação no Detran, o deputado mostrou conhecimento sobre os eventuais contratos irregulares que teriam motivado a Operação Antivírus, deflagrada ontem, terça-feira (29), pelo Gaeco.
Beto afirmou que o Detran registrava cerca de 7,5 mil contratos de veículos alienados por mês, e que o consórcio formado pela Itel Informática e AAC Consultoria cobrava R$ 133 pela guarda de cada contrato. Em setembro de 2016 a Pirâmide Central Informática, contratada emergencialmente e sem licitação, cobrou R$ 103, e neste mês de agosto de 2017 a Master Case Digital Bussiness venceu a licitação ao cobrar R$ 41,90.
“É menos de um terço do valor, onde está a corrupção nisso? Não tem uma interceptação de fala que alguém pegou dinheiro, favoreceu empresa ou serviço não foi prestado”, finalizou Beto Pereira.