Monteiro enfrenta processo por improbidade administrativa

Reinaldo Azambuja (PSDB) negou que as férias do secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, tenham correlação com denúncia do Ministério Público de improbidade administrativa por se conceder incentivo ilegal a empresa cerealista de Dourados.

“Estava previsto em calendário de nossos colaboradores e não há nada fora do rito existente dentro do nosso governo”, declarou o governador, durante inauguração de unidade atacadista em Campo Grande. “Te condenam precocemente, antes de dar direito de se defender”.

Marcio Monteiro foi denunciado depois de investigação do Ministério Público constatar concessão irregular de incentivo fiscal a empresa Gama Comércio de Importação e Exportação de Cereais, de Dourados, sem qualquer contrapartida ao Estado.

Apuração da 30ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, comandada pelo promotor Marcos Alex Vera, constatou exceção concedida a empresa para comercializar no mercado interno grãos em quantidade inferior ao que era exportado, além de isenção de pagamento do Fundersul (Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário do Estado).

Efeito JBS

Contra o secretário ainda pesam, em paralelo, investigação iniciada com base na delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da JBS, sobre suposta emissão de notas fiscais frias para justificar pagamento de propina destinado a concessão de incentivos fiscais.

Sobre o tema, o governador reafirmou que a dupla deve ser tratada como “bandidos e fraudadores do fisco estadual”. Este ainda defendeu a concessão de incentivos fiscais no Estado como única medida de manter as obrigações governamentais em execução.

“Vamos, no momento oportuno, mostrar que tratamos com bandidos e fraudadores do fisco estadual que não se beneficiaram porque tiveram o rigor do cumprimento das leis que nós exigimos ao igualar os incentivos dentro do cadeamento econômico de cada atividade no Estado”, complementou Azambuja.