Deputado analisa deixar o bloco

O deputado estadual (PEN) afirmou nesta terça-feira (7) estar ‘muito chateado' com a perda da presidência da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), considerada a mais importante da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. O deputado classificou a decisão dos colegas de tirá-lo da presidência como esdrúxula e disse se sentir traído.

“Aprendi desde criança que palavra dada é palavra cumprida. Nós tínhamos um acordo para que eu continuasse, mas o Beto Pereira (tucano eleito novo presidente) pediu e entraram em um acordo”.

Lopes acredita que Renato Câmara (PMDB) tenha sido pressionado pelo governo para votar. O deputado disse que vai analisar se deixa o bloco peemedebista e afirma que acredita em ‘resquícios eleitorais' sobre a decisão.

Isto porque Lídio Lopes é esposo da vice-prefeita Adriane Lopes, eleita na chapa de Marquinhos Trad (PSD), que disputou com a candidata tucana Rose Modesto, vice-governadora que se licenciou para o pleito.

Irmão de Rose e líder do governo na Casa, Rinaldo Modesto (PSDB) acredita que Lopes tenha dado declarações ‘no calor das emoções. “Isso se resolverá facilmente. Ele não vai deixar a CCJ e não tem nada a ver com questões eleitorais. Deve ter falado no calor das emoções, o que é natural na política, até porque o governo está ajudando bastante e é de interesse dele que a cidade vá bem”.

Eduardo Rocha, líder do PMDB, acredita que a chateação do parlamentar seja momentânea. “O voto do Câmara já estava certo como do Beto porque o acordo era o PSDB indicar o presidente. O Lídio estava garantido como membro, não houve traição”, ressaltou.