Marcos Pereira (PRB) é o sexto ministro a ser citado

Mais um nome na lista dos ministros de Michel Temer (PMDB) passa a integrar a lista de acusações de corrupção junto a empreiteira . Marcos Pereira (PRB) é titular do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e é citado, em reportagem, em um dos depoimentos que fazem parte da delação da . De acordo com o jornal O Estado de São Paulo, o depoimento alega um repasse de R$ 7 milhões ao ministro, por meio de caixa 2. Os recursos, segundo a matéria, foram pagos à vista e “compraram apoio do PRB, então presidido por Pereira, à campanha de reeleição de Dilma Rousseff em 2014”. As informações são do Congresso em Foco.

“O dinheiro dado ao PRB integrava um pacote de R$ 30 milhões pagos pela Odebrecht para comprar o apoio de PROS, PCdoB, PP e PDT à chapa governista. O acordo é descrito, com diferentes pedaços da história, nas delações de Marcelo Odebrecht, ex-presidente e dono da empreiteira, e dos executivos Alexandrino Alencar e Fernando Cunha”, explica o Congresso em Foco.

Marcos Pereira é o sexto ministro de Temer citado na Lava Jato, e, segundo as delações, esteve mais de uma vez na sede da Odebrecht em São Paulo para combinar como e a quem o dinheiro, entregue em parcelas, deveria ser repassado.

“Eu desconheço essa operação. Comigo não foi tratado nada disso”, negou ele. “Delação não é prova.” O PRB também divulgou nota, e nega que o presidente, que é bispo licenciado pela Igreja Universal tenha recebido valores com origem em Caixa 2. Pereira está licenciado da presidência do PRB, de acordo com o Congresso em Foco, “mas continua sendo homem horte no partido fundado por integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus após o escândalo do mensalão”.

Para os repórteres do jornal O Estado de São Paulo, ele contou que ajudava a arrecadar valores para campanhas do partido. A legenda apresente,  conforme o Congreso em Foco,  23 deputados e 1 senador. Agora, também comanda a prefeitura do Rio, com Marcelo Crivella.

“Com grande parte dos líderes da Esplanada dos Ministérios envolvidos em delações na Lava Jato, Temer anunciou recentemente que não vai afastar os ministros que forem apenas citados na operação. Por outro lado, quem for denunciado, será afastado provisoriamente. No caso de tornar-se réu, o ministro está definitivamente fora do governo”, avalia o Congresso em Foco.