Deputados petistas criticaram medida do Governo

A prorrogação do abono salarial dos servidores estaduais foi aprovada nesta quarta-feira (26) por unanimidade na Assembleia Legislativa. O acréscimo de R$ 200 na remuneração seria suspenso caso o projeto enviado em regime de urgência pelo Governo não fosse aprovado.

Ontem, o projeto já havia sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Nesta quarta, a medida passou em primeira e segunda votações. Não houve nenhum voto contrário porque líderes de bancadas fizeram acordo para que o projeto que prorroga o abono até 31 de março de 2018 fosse aprovado.

Mesmo votando a favor do projeto, os petistas Cabo Almi e Amarildo Cruz se mostraram revoltados com a atitude do Governo de novamente conceder abono e não reajustar de fato a remuneração dos servidores.

“Esse é um governo que não está dando reajuste dentro do seu mandato para os servidores. Abono não é salário, espero que até terminar seu mandato o governador possa pelo menos incorporar esse abono no salário”, disse Almi. Amarildo foi além e afirmou estar “constrangido” em ter de aprovar o projeto. “É uma política abusiva”, afirmou.

Quem saiu em defesa de Reinaldo Azambuja (PSDB) foi Paulo Siufi (PMDB), que afirmou que o Governo está fazendo tudo “que é possível até o momento”. Após o fim da sessão, líder de Azambuja, Rinaldo Modesto (PSDB) afirmou que o reajuste dos servidores será discutido em maio, no entanto, ressaltou que o abono de R$ 200 representa 22% de aumento para cerca de 12 mil servidores.

ABONO

Acréscimo de R$ 200, em forma de abono. Essa foi a oferta feita pelo governo de Mato Grosso do Sul no ano passado aos servidores estaduais. Com esse valor, o ganho efetivo ficou entre 4,4% e 20%, neste último caso para os funcionários com menor salário.

Na época, a proposta enfrentou resistência de diversas categorias, já que o benefício não é computado ou acumulado para efeitos de gratificações e adicionais, apenas para abono de férias e gratificação natalina.

Na época, o secretário de Governo, Eduardo Riedel, justificou a proposta dizendo que havia sido a forma encontrada pelo governo para garantir algum aumento ao funcionalismo. Recebeu o abono todos os servidores efetivos, tanto ativos, aposentados e pensionistas.