Vice-prefeito afastado pede apoio de fieis

A reintegração de posse em desfavor da igreja evangélica Assembleia de Deus no Brasil, antiga Adna no Brasil (Assembleia de Deus Nova Aliança no Brasil), está provocando novo embate entre antigos aliados, o vice-prefeito afastado de , , e o prefeito Alcides Bernal (PP). Em vídeo publicado no Facebook, Olarte afirma que Bernal (PP) “caçou briga com Deus” ao mexer com sua igreja.

“Tentam fechar a igreja, simples assim, como se pudessem parar a igreja. Senhor Alcides Bernal, numa birra política e uma perseguição religiosa, sem precedentes na história da cidade de Campo Grande, tenta de todas as formas ludibriar até a Justiça, pra induzir o magistrado a dar uma decisão descabida, quando um processo já está lá na segunda estância, no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul”, começa o vídeo.

A Justiça expediu termo de reintegração de posse, à pedido da Prefeitura de Campo Grande, contra a sede da igreja evangélica fundada pelo vice-prefeito afastado. O termo e prevê que os responsáveis pela igreja ‘desocupem, imediatamente, os imóveis descritos acima , sob pena de desocupação coercitiva'. A desocupação ocorreu na tarde de ontem (25).

Na noite do mesmo dia, Olarte postou o vídeo na internet. Em outro trecho, ele diz

que a igreja desenvolvia inúmeras obras sociais, pedindo inclusive, apoio da classe religiosa contra o atual prefeito de Campo Grande. “Deus é maior, a briga não é comigo, a briga agora é com Deus. Atenção povo evangélico de Campo Grande, precisamos juntos vencer estes desmandos. Os católicos, evangélicos, espíritas e outras entidades que em cima de áreas públicas estão fazendo um trabalho de excelência na área social. Quem não tem nada, quer desfazer quem tem, quem faz, quem realiza pelo povo de Campo Grande”.

Gilmar finaliza vídeo dizendo que Bernal pagará pelo que fez na ‘justiça divina'. “Mas Deus é maior, está nas mãos de Deus. Eu entrego Alcides Bernal e todos os seus asseclas nas mãos de Deus, e Deus fará justiça, juízo, segundo a sua justiça”. O Jornal Midiamax tentou contato com o vice-prefeito afastado, mas ele não atendeu as ligações.

Processo

De acordo com os autos, em 2008 a igreja, então presidida por Olarte, recebeu autorização de uso ‘de área pública para construção de creches, capela, quadra de esporte e salas de aula', o que não teria acontecido.

Em 2012, o MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) ajuizou uma Ação Civil Pública ‘com o fim de anular o Termo de Autorização de Uso, o qual foi declarado nulo por sentença', e diante desta decisão, a igreja estaria ocupando irregularmente ‘áreas públicas'.

Em seu pedido, a administração de Alcides Bernal (PP) alegou ainda que a igreja fundada por seu ex-vice-prefeito, Gilmar Olarte, estaria ocupando ‘sem autorização a mesma área destinada à igreja, exercendo atividade de comércio'.

Para o juiz da 4ª Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos, José Ale Ahmad Netto, a prefeitura ‘demonstrou a sua propriedade sobre os imóveis (fls. 28/30), bem como a ilegalidade da posse dos requeridos, em razão da prolação de sentença na Ação Civil Pública'.

Como o mandado de reintegração de posse foi expedido ao oficial de justiça no dia 24 de maio, a igreja terá cinco dias, a partir de sua notificação, para tentar contestar a ação. Assista o vídeo