Ela diz que a câmara errou em não aprovar pedido na época

A vereadora , do PPS, usou a palavra na sessão desta terça-feira (16) para dizer que a a acusação em que levou o ex-prefeito a prisão, nessa segunda-feira (15), já tinha sido levantada por ela em 2015. Ela afirmou que a casa de leis errou em não ter dado prosseguimento na ocasião.

“Nessa segunda, dia 15 de agosto, foi novamente preso Gilmar Olarte que exerceu cargo de Prefeito por 1 ano e 5 meses, conduzido ao cargo depois de fraudulenta cassação. A acusação sobre ele, principal, é por crime de corrupção e lavagem de dinheiro. Há um ano, mais precisamente no dia 13 de agosto de 2015, a Câmara recusou pedido formulado por mim, pelo vereador Alex do PT e na época a também vereadora Thays Helena, do PT, para abertura de processo em desfavor de Olarte exatamente por crime de corrupção e lavagem de dinheiro. Agora a justiça atuou”, disse Luiza.

A parlamentar afirmou que a casa de leis errou em não ter dado prosseguimento na época. “Na ocasião entenderam que ele não deveria responder por siso em plenário, mas nós vimos agora que a justiça atuou e que lamentavelmente por um absurdo, uma absurda cassação do prefeito Bernal, a prefeitura ficou na mãos de pessoas completamente irresponsáveis como estamos vendo agora”.

“A câmara errou em não abrir este procedimento, foi um equívoco, talvez uma falta de informação, mas para nós reunia todas as condições para que naquele momento a gente retirasse da prefeitura por um ato da câmara o prefeito Gilmar Olarte, mas isso não foi possível, mas logo depois a justiça veio e corrigiu o ato injusto da cassação do prefeito Alcides Bernal. Agora está ai o Gaeco determinando a justiça a prisão do Gilmar Olarte e da Andreia Olarte”.

Ao ser perguntado sobre o assunto, após o fim da sessão, o presidente da casa de leis, Vereador João Rocha, disse que na ocasião eles entenderam que não tinham motivo para abrir o processo. “Não gostaria de tocar neste assunto, mas na ocasião ciada pela vereadora Luiza Ribeiro, foi arquivado o processo por que na oportunidade tudo foi analisado, discutido e não hou entendimento que deveríamos agir diferente como fizemos. Essa situação de agora é pessoal, da vida privada, não tem nada a ver, pelo que eu li pela mídia, com o exercício dele enquanto prefeito”.

Nenhum parlamentar comentou a fala da vereadora na sessão.

Prisão

A Justiça determinou no início da manhã dessa segunda-feira (15), a prisão do vice-prefeito de , afastado desde agosto do ano passado, Gilmar Olarte, do Pros, a mulher dele Andréia Nunes Zanelato Olarte, e ainda de Evandro Simões Farinelli e Ivamil Rodrigues de Almeida, que seriam comparsas do casal num esquema de lavagem de dinheiro, associação criminosa e falsidade ideológica.

De acordo com o MPE-MS, a operação deflagrada nesta manhã possui conexão com a Adna, operação desencadeada no ano passada, por corrupção passiva e que implicou Gilmar Olarte. Adna é a sigla da igreja fundada por Olarte, Assembleia de Deus no Brasil. Ainda segundo o órgão, as investigações que motivaram as prisões nesta manhã surgiram a partir da quebra de sigilo bancário da mulher de Olarte, Andréia Olarte e da empresa dela, a Casa da Esteticista.

O Gaeco informa na nota que entre os anos de 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava mandato de prefeito, a mulher dele comprou vários imóveis na Capital, “alguns em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias, fazendo o pagamento ora em dinheiro vivo, ora utilizando-se de transferências bancárias e depósitos, os quais, a princípio, são incompatíveis com a renda do casal”.

Os investigadores do caso informaram e Olarte e Andréia contavam com a ajuda de Ivamil Rodrigues, corretor de Imóveis e Evandro Farinelli, que emprestava o nome para registrar os imóveis compradas pela mulher do então prefeito.