Partido deve perder deputado e vereador

O partido que chegou a ser chamado de ‘peemedebezinho' por alguns parlamentares, em virtude da proximidade com os ex-governador (PMDB), corre risco de reduzir em Mato Grosso do Sul. Preocupado, o vereador Otávio Trad vai convocar uma reunião para falar sobre o futuro do , que não teve um ano bom em 2015 e pode repetir a dose em 2016.

“Tivemos um ano péssimo para a bancada do PTdoB na Assembleia. Vou convocar uma reunião assim que retomar a rotina política para ver qual será a postura do partido. Se continuar assim, não vai ter PTdoB daqui a pouco”, justificou Otávio Trad.

O vereador refere-se à saída da deputada Mara Caseiro, que foi para o PMB, e do deputado Márcio Fernandes, que está de saída para o  PMDB. Com a partida da dupla, o PTdoB ficou sem representante na Assembleia e na Câmara de pode cair de quatro para dois vereadores.

Eduardo Romero foi o primeiro a abandonar o partido, mudando para o Rede. Agora é a vez de Eduardo Cury sinalizar insatisfação. Ele conta que já foi procurado por quatro siglas e está tentado a mudar.

“Meu partido não está atuando. Gosto muito do nosso presidente, mas não sou consultado para nada. Não sei o que está fazendo, quais os acordos. No partido que estou saíram dois deputados, um disse que é candidato a prefeito e eu nunca fui consultado. Partido que tem dono, não dá”, reclamou Otávio.

O PTdoB também viveu dias difíceis na Câmara por conta da Operação Coffee Break. O presidente do partido e vereadores foram flagrados em escutas feitas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e acabaram sendo citados em relatório.

O Gaeco apreendeu o celular de Otávio, Romero e Flávio César e agora investiga o trio em suposto golpe para cassar Alcides Bernal (PP). A investigação ainda está com o MPE, que decidirá se faz novas diligências, arquiva ou encaminha ao Tribunal de Justiça.