Pedra anunciou saída da Secretaria de Governo
Ex-secretário de Governo e Relações Institucionais do prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP), Paulo Pedra (PDT) pediu exoneração da pasta pela segunda vez. Com mandato de vereador cassado desde novembro de 2015, sob acusação de compra de votos na eleição de 2012, ele se desincompatibilizou para disputar o pleito desde ano, segundo ele a pedido do próprio chefe do Executivo que o manteve na administração sob alegação de que ainda cabe recurso à decisão.
O pedetista deixou de ser secretário em abril, mas logo depois foi novamente nomeado como assessor especial DCA 1 com salário de R$ 5.049, porém o cargo permitia bonificação de até 80% em cima desse valor, podendo chegar a R$ 9 mil. Como secretário a remuneração era de R$ 11,6 mil, conforme dados do Portal da Transparência do Executivo.
“Caros amigos e amigas. No dia 02 de Abril , deixei a Secretaria de Governo do Município, ontem deixei a assessoria especial do Prefeito, por motivo de dezincompatibilização (sic) que a lei eleitoral prevê. Em nome da minha família dos meus eleitores, dos meus amigos e amigas quero agradecer ao prefeito Alcides Bernal, pela confiança, amizade e compromisso”, disse em texto de despedida publicado no Facebook.
Ele continua a mensagem dizendo que desde a cassação de Bernal, em março de 2014, eles passaram a ter amizade sólida. Pedra foi nomeado secretário de Governo logo após a volta do prefeito, em agosto do ano passado.
“A seu pedido sou pre candidato a vereador, mais o meu maior compromisso é com a sua pre candidatura à reeleição de Prefeito, para que ele possa fazer um mandato por inteiro, progressista e popular. Registro aqui mais uma vez a minha gratidão e compromisso e peço a todos que nos ajude”, finalizou.
Antes de ser cassado, Pedra já havia antecipado que só ficaria na gestão de Bernal até abril. À época ele tinha o plano de voltar à Câmara Municipal para terminar o mandato e investir na reeleição. Hoje quem ocupa a cadeira que deixou é Eduardo Cury (SD) até então suplente.
Também foram cassados por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) os então legisladores Thais Helena (PT) e Delei Pinheiro (PSD). Ainda cabe recurso aos três o que pode possibilitar candidatura, como ocorreu com o prefeito quando, mesmo cassado, disputou o Senado em 2014.
O ex-secretário Municipal da Juventude, que também foi exonerado em abril, mas realocado na Secretaria de Governo como assessor, Wilton Acosta, anunciou que não faz mais parte da administração para poder concorrer a vaga de vereador nesta eleição.
“Saio hoje orgulhoso de fazer parte desta equipe e de ter contribuído humildemente, com um grãozinho de areia da minha limitada capacidade, mas confiante que estamos no caminho certo e do lado da pessoa certa”, disse também por meio do Facebook.
