“Estava de trajes íntimos', revelou André
Leitores do Jornal Midiamax encaminharam vídeos feitos dentro do edifício onde mora do ex-governador André Puccinelli (PMDB). Nas imagens é possível ver a entrada de cinco agentes da Polícia Federal no local. Eles levaram documentos do apartamento do peemedebista.
Segundo a Polícia Federal, as investigações apuram a existência de uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais, atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e serviços gráficos.
A casa de Puccinelli foi alvo desta nova fase da Operação Lama Asfáltica, denominada, Fazenda de Lama, em referência a procedimentos utilizados pelos investigados na aquisição de propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras públicas, fraudes em licitações e recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.
Deflagrada em julho de 2015, a Lama Asfáltica investiga empresas e empresários que mantiveram, segundo dados da própria PF, mais de R$ 2 bilhões em contratos com o governo Puccinelli.
Mesmo com toda movimentação financeira feita pelo grupo durante a gestão peemedebista do Estado, o ex-governador afirmou desconhecer o motivo que levou agentes federais à sua casa na manhã desta terça-feira (10). “Estava em casa de trajes íntimos”, declarou ele.
Puccinelli disse apenas que foi à sede da Polícia Federal para saber os motivos da operação. Ele estava acompanhada do advogado Renê Siufi.
Apontado como um dos principais secretários de Puccinelli, o ex-deputado federal Edson Giroto, que abriu mão do mandato no Congresso Nacional, para comandar a Secretaria de Obras durante a gestão de André, foi um dos presos nesta fase da operação. Além dele, o ex-secretário adjunto da fazenda, Andre Luis Cance, flagrado em ligações com o ex-governador, também foi detido.
O empresário João Amorim e sua sócia, Elza Cristina dos Santos, também foram presos. O empreiteiro começou sua relação de contratos com o poder público quando Puccinelli foi prefeito de Campo Grande, entre os anos de 1997 a 2004.