Já sente a cobrança para dividir o poder

O vice-presidente Michel Temer nem sequer sentou na cadeira da Presidência, e já sente a cobrança para dividir o poder. Diante da pressão de partidos que desejam se aliar ao seu eventual governo, o vice-presidente já admite um corte menor no número de ministérios. Temer gostaria de governar com, no máximo, 22 pastas. Agora, já pensa em 26 e, ainda assim, não está convicto de que contentará todos os aliados.

A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Segundo a reportagem, Temer teria afirmado, inicialmente, que gostaria de montar um ministério que “coubesse na Esplanada”, que conta com 19 edifícios para acomodar os principais assessores do governo.

Mas as negociações para aprovar a abertura do processo de impeachment de Dilma custaram mais do que Temer imaginava. Siglas que apoiavam a petista, como PP, PR PSD e PRB, mudaram de lado na Câmara e, por isso, apresentam a fatura ao peemedebista.

Além disso, Temer ainda precisa encontrar espaço para aliados mais representativos, como o PSDB, o DEM e o PPS. Por ora, o senador tucano José Serra estaria prestes a assumir o Ministério das Relações Exteriores, que absorveria parte das atribuições atuais o Ministério do Desenvolvimento, no que se refere à promoção do comércio exterior.

A negociação, porém, já envolveria um segundo ministério para os tucanos, de acordo com a Folha. A pasta seria entregue à bancada do partido na Câmara, que indicaria seu titular, com a chancela do presidente do PSDB, o senador Aécio Neves.