Grupos pró e contra saída de Dilma se reúnem na Capital
O movimento ainda é calmo nas ruas do centro de Campo Grande. Até mesmo nos locais de concentração de grupos pró e contra o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), há pouca manifestação. Na Praça Ary Coelho, por exemplo, o MST (Movimento Sem Terra) faz encenação classificada mística, na qual os integrantes representam contra a saída da petista. Cerca de 70 pessoas estão no lugar, porem de forma dispersa.
Os manifestantes, que passaram a noite em vigília na praça, servem arroz carreteiro e montaram telão para acompanhar a votação que ocorre na Câmara dos Deputados em Brasília. Militante do PT há 28 anos, Militino Domingos Arruda, 72, acredita que o processo de impeachment teve início por uma mídia partidária.
“Enquanto petistas são presos contra corruptos como (Eduardo) Cunha que tem envolvimento confirmado na Lava Jato e contas na Suíça nada acontece tenho esperança que a maior parte da Câmara seja do bem e que não tenha se corrompido”. Em frente ao MPF (Ministério Público Federal), na Avenida Afonso Pena, o acampamento do grupo pró-impeachment foi desmontado.
No lugar está um telão e cerca de 100 pessoas acompanham a votação também de forma tranquila. Dois policiais militares fazem a segurança e se for necessário reforço será acionado após às 15h. Hildebrando Ramos, 51 anos, é servidor público do Estado e foi um dos 340 manifestantes que ficaram acampados no local.
Ele relata que o período foi tranquilo e a população receptiva. “De todos os momentos inoportunos que achamos que passaríamos, nenhum aconteceu. Ao contrário, fomos bem recebidos, as pessoas nos ajudaram financeiramente e com água, gelo,essas coisas”, relatou. O também funcionário estadual, Beto Gonçalves, 52 anos, tem receio que haja grande volume de abstenção e prejudique a votação favorável á saída de Dilma. “mas não é possível que os deputados sejam omissos em uma votação dessa importância”, observa.