Ministério Público do Paraguai investiga data da gravação
Foi preso na tarde desta quarta-feira (5), no Paraguai, Carlos Ruben Sanchez, conhecido na região de fronteira como “Chicharon”. Ele é apontado como o coordenador de um grupo de pistoleiros que aparece em um vídeo, divulgado na semana passada, ameaçando o candidato eleito em Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold (PMDB).
Suplente de deputado federal no país vizinho, Chicharon foi preso enquanto visitava Chimenes Jarvis Pavão, brasileiro que cumpre pena por tráfico de drogas no Grupamento Especializado de Polícia Nacional, uma unidade de detenção considerada de alta segurança, localizada no Paraguai.
De acordo com informações da imprensa local, o membro do Partido Colorado foi capturado volta das 16 horas e será transferido para a cidade de Capitan Bado, onde deve prestar depoimento.
Chicaron foi preso por um mandado emitido pelo procurador Hernán Ricardo Mendoza, recentemente atribuído ao Ministério Público paraguaio. O mandado seria em razão da ameaça feita com armas de fogo contra o Rudi Paetzold, eleito prefeito de Coronel Sapucaia, no último domingo (2).
Ainda segundo a imprensa local, o mandado emitido pelo Ministério Público seria apenas para que “Chicharon” preste esclarecimentos sobre o caso. Do lado brasileiro, o delegado Roberto Faria, da Delegacia de Polícia Civil de Coronel Sapucaia, disse que não há nenhum inquérito contra Chicharon na cidade e que ele foi preso decorrente de investigações paraguaias.
O delegado afirmou que fontes do Ministério Público paraguaio comentaram que há indícios de que o vídeo divulgado na semana passada teria sido gravado, na verdade, em 2012. “Essa informação é do Ministério Público de lá. Diante disso, a única coisa que averiguei é que a placa que aparece no vídeo é de 2012. Fiz isso pensando que caso aparecesse uma placa de 2016, por exemplo, não teria como o vídeo ter sido gravado naquele ano. Acredito que a data desta gravação está sendo apurada”, explicou Roberto Faria.
Ainda segundo o delegado, costuma ser comentado na região de fronteira possível envolvimento de Chicharon com o tráfico de drogas, mas não há qualquer confirmação pela polícia brasileira. “Sei que ele é uma pessoa muito bem-quista lá (Paraguai), que possui alguns postos de combustível e outras empresas. Sobre ligação com o tráfico, nunca pegamos aqui na delegacia alguém que tenha feito este tipo de acusação”, disse o delegado.
A reportagem tentou contato telefônico com o prefeito eleito em Coronel Sapucaia, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. Assista vídeo AQUI.
