Simone diz que convite para substituir Jucá é ‘apenas boato’

Senadora é sondada para ser líder do governo no Senado 

A senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (PMDB) teve novamente nome citado como uma um dos mais cotados para assumir papel de destaque no governo de Michel Temer. A parlamentar, que há dois dias confirmou ao Jornal Midiamax que existe sondagem para que ela seja líder do governo peemedebista, diz que a possibilidade de assumir vaga do senador Romero Jucá, no Ministério do Planejamento, “é apenas boato”.

Desde que Michel Temer assumiu como presidente interino, após afastamento da presidente Dilma Roussef (PT) pelo processo de impeachment, a senadora Simone tem tido nome cotado em cargos representativos no governo. O primeiro ocorreu logo após questionar a falta de representatividade feminina na composição ministerial, na qual, logo em seguida, teve nome apontado como “possível” para assumir um dos ministérios.

A única confirmação feita pela senadora, ocorreu no último sábado, quando afirmou que “existe a sondagem para que ela seja líder do governo de Michel Temer no Senado Federal”. De qualquer forma, ela ressaltou que não está pleiteando a vaga e que até acha que seria melhor alguém de um outro partido, desde que seja aliado. Segundo ela, o mais importante neste momento é ajudar o presidente interino a resolver os problemas do Brasil.

“É importante lembrar que diferente do Câmara Federal, não há disputa no Senado. A câmara por ser mais 500 deputados é natural. O líder do governo é uma indicação muito pessoal do presidente e da Casa Civil. A informação que eu tenho é que eles querem que fique dentro do PMDB e que eu já advogo que não há essa necessidade. Precisamos de um bom líder, independente do partido, desde que seja partido aliado. Há essa sondagem mesmo. Deixei muito claro que jogo em qualquer posição, não estou pleiteando a liderança e não faço questão”, destacou Simone.

Afastamento Romero Jucá

O ministro do Planejamento, Romero Jucá, se licenciou do cargo a partir desta terça-feira (24) até o Ministério Público Federal se manifestar sobre as denúncias contra ele. “Vamos aguardar a manifestação do Ministério Público com toda a tranquilidade, porque estou consciente que não cometi nenhuma irregularidade e muito menos qualquer ato contra a apuração da Lava Jato”, disse em entrevista.

No início da tarde de ontem, Jucá negou que tenha tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato. O ministro disse ainda que não iria pedir afastamento do cargo e que não temia ser investigado.

Tudo ocorreu depois que o jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem que diz que em conversas, gravadas em março, o atual ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um pacto para impedir o avanço da Operação Lava Jato sobre o PMDB, partido do ministro.

De acordo com a reportagem, em um dos trechos da gravação Jucá disse que “tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”.

Ao ser questionado sobre o trecho, Jucá disse que estava se referindo ao cenário da economia do país, e não a uma paralisação da Lava Jato.