Servidores denunciam abuso de poder de Rose Modesto para ‘lotar’ comício

Cada um teria que levar 50 pessoas para comício

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Cada um teria que levar 50 pessoas para comício

O Ministério Público Eleitoral investiga suposto abuso de poder econômico da candidata à Prefeitura da Capital Rose Modesto (PSDB), que estaria coagindo servidores públicos estaduais a comparecem a eventos políticos. Consta na denúncia que foi exigido por dirigentes da campanha da candidata que servidores levassem ao menos 50 pessoas no comício a ser realizado nesta quarta-feira (14). A investigação foi publicada no Diário Oficial do Ministério Público Estadual de hoje. A coligação de Rose Modesto negou irregularidades.

A denúncia informa que os servidores foram pressionados durante uma reunião no dia 30 de agosto a levarem mais pessoas para o comício. Os representantes da coligação teriam deixado “uma conotação de obrigatoriedade”. Segundo eles, já havia até o pedido a Agetran para fechar as avenidas em volta do comitê para o evento.

O servidor denunciante diz que os representantes aguardam 6 mil pessoas para o ato. Na ocasião, os servidores reclamaram do horário, que estava marcado para 17h30, quando muitos ainda estariam saindo do trabalho e não teriam condições de chegar a tempo ao evento. O servidor alega ter o áudio do pedido, mas não teria conseguido anexá-lo à denúncia. 

A promotora Renata Ruth Fernandes Goya Marinho, responsável pela investigação, solicitou à Rose Modesto que apresente defesa sobre a denúncia em até dez dias e que informe o cronograma dos eventos políticos que serão realizados pela coligação “Juntos por Campo Grande” até o dia da eleição.

A Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) também foi notificada a informar se recebeu de Rose Modesto ou de outro candidato apoio para fechamento de ruas e outros durante a campanha. 

No site da candidata Rose Modesto, há a informação de “uma grande reunião com professores, no Rádio Clube Campo (Avenida Interlagos, 477), Vila Morumbi. São esperados mais de 3 mil profissionais ligados à área da Educação, entre eles professores das redes públicas municipal e estadual (escolas e Ceinfs), técnicos e especialistas”, às 19h.

O que diz a Coligação?

Em resposta à reportagem do Jornal Midiamax, a Coligação Juntos Por Campo Grande declarou que “os esclarecimentos solicitados pelo Ministério Público Eleitoral serão prestados pelo departamento jurídico da Campanha, sendo infundada a denúncia objeto do questionamento”.

 

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