Puccinelli foi intimado a depor e teve o celular apreendido pela Polícia Federal
Advogado do ex-governador nega intimação
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Advogado do ex-governador nega intimação
Na última terça-feira (10) o ex-governador André Puccinelli (PMDB) foi alvo da 2ª fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Fazendas de Lama, e diferente do que afirmou à imprensa, de que foi de ‘livre e espontânea vontade’ à sede da Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande, ele foi intimado a depor.
Informações obtidas pelo Jornal Midiamax apontam que o ex-governador, que teve o celular apreendido pelos agentes, foi notificado pela PF. O advogado de Puccinelli, Renê Siufi, nega a intimação e afirma que seu cliente conversou com o delegado responsável pelo caso que teria apenas convidado André a prestar maiores esclarecimentos.
Siufi reforçou o que disse o peemedebista no dia da operação, de que já teria prestados todos os esclarecimentos necessários. Todavia, o montante de documentos e arquivos apreendidos por homens da Receita Federal, Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União), poderão suscitar novos pedidos de busca e apreensão.
Até o fim da tarde de ontem, segunda-feira (16), nem todos os malotes recolhidos nas casas e escritórios dos investigados haviam sido abertos. Uma força-tarefa da PF com agentes, escrivães, peritos e papiloscopistas, além de servidores da Receita e da CGU estão em uma sala da PF analisando o montante apreendido, sem prazo para conclusão dos trabalhos.
Os desvios registrados até agora pela Lama Asfáltica já ultrapassam R$ 40 milhões, e teriam cometidos durante a gestão de Puccinelli à frente do governo estadual, que nega participação nas supostas irregularidades.
A polícia ainda quer saber qual a participação do ex-governador nas ações criminosas praticadas por seus subordinados diretos, como o ex-secretário de obras, Edson Giroto, que está cumprindo prisão temporária, e para isso a análise do material apreendido é fundamental, apontam fontes na Operação.
Operação
A Fazendas de Lama contou com um efetivo de 201 policiais federais, 28 da Controladoria Geral da União e 44 da Receita Federal, que cumpriram 28 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária, bem como 24 mandados de sequestro de bens de investigados. Ao todo, R$ 43 milhões em bens foram bloqueados e oito pessoas tiveram a prisão temporária revertida em prisão preventiva.
Nesta segunda fase da Operação, a Força Tarefa da PF, RF e CGU, ampliaram o foco dos trabalhos, incluindo além da apuração de desvios de recursos públicos, investigações sobre lavagem de dinheiro do grupo, classificado como ‘organização criminosa’ pelos agentes.
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