Puccinelli adia definição e PMDB diz que assédio do PSDB continua

Chapa pode ficar ‘inchada’ com partidos de peso

Apesar de anunciar que ainda está analisando a possibilidade de ser candidato a prefeito de Campo Grande, o ex-governador André Puccinelli, principal do PMDB no Estado, tem sido procurado pela administração de Reinaldo Azambuja (PSDB), para levar o partido a integrar a chapa tucana da vice-governadora Rose Modesto.

O presidente estadual do PMDB, deputado Junior Mochi, revelou que ainda espera uma posição de André. “Não falei com ele como estava previsto. Não tem nada marcado pra nos encontrarmos, mas hoje, após sair da Assembleia, vou ligar pra ele e ver se já tem uma definição”, disse Mochi ao Jornal Midiamax na manhã desta terça-feira (5).

Questionado a possível candidatura de Puccinelli, Bernal ‘desculpou-se’ e disse que não comentaria decisões da ‘turma do André’, mas afirmou ser previsível apoio dos vereadores de Campo Grande.

Outro concorrente do PSDB, o deputado Marquinhos Trad (PSD), também evitou comentar as possíveis negociações de adversários, mas criticou, sem citar nomes, ‘projetos de poder pelo poder’. “Cada um deve escolher o que é melhor para ir as urnas, eu falo pela nossa caminhada, o PSD não aceita apoio por troca de cargos ou qualquer outra vantagem”, afirmou.

Rose disse nesta terça-feira que, para ela, o processo de eleição ainda não começou, mas que mesmo assim o partido estaria construindo um plano de governo com legendas que já sinalizaram apoio à candidatura tucana. 

Depois de garantir apoio do PSB, com anuência de Tereza Cristina, o alvo do PSDB é o PMDB, o que, para alguns aliados, pode dificultar a candidatura de Rose. Além da densidade política do partido que comandou Campo Grande por quase duas décadas, as denúncias de irregularidades nas gestões podem mais atrapalhar que ajudar.