teria recebido por dois anos salário da Uema, enquanto deputado

 O presidente interino da Câmara dos deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), será investigado pelo Ministério Público do Maranhão por recebimento irregular de salário, por dois anos, da Uema (Universidade Estadual do Maranhão). A instituição teria pago R$ 368.140,09 ao servidor, equivalente a cerca R$ 16 mil por mês.

O presidente interino da Câmara teria voltado a receber o salário mensal da Uema em fevereiro de 2014, e permaneceu recebendo o montante durante todo o ano seguinte, quando se reelegeu para seu terceiro mandato parlamentar. Por lei, Maranhão deveria ter informado à Universidade do salário irregular, ocorrido por um erro nas folhas de pagamento, segundo a instituição.

A Procuradoria-Geral de Justiça disse que pedirá informações à Uema para saber a história de forma oficial. Um caso parecido já ocorreu recentemente envolvendo o filho do deputado, Thiago Maranhão. Maranhão filho estava nomeado como assessor de conselheiro do TCE-MA (Tribunal de Contas do Estado do Maranhão), quando na verdade trabalhava em hospitais e cursava pós-graduação em São Paulo. Ele foi exonerado do cargo.

Maranhão possui foro privilegiado, então poderá ser investigado tanto pela Procuradoria Geral de Justiça quando pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A Justiça maranhense também procura o presidente interino da Câmara por uma dívida de campanha contraída em 2010. O parlamentar teria paralisado o pagamento de uma dívida de R$ 1,3 milhões a uma empresa gráfica. Maranhão também é investigado na Operação Lava-Jato, por recebimento de propinas.