Pré-candidato estaria tomando decisões sem consultar legenda
A aliança programática feita entre o PPS e REDE parece não ter agradado filiados do partido que tem como pré-candidato Athayde Nery. A questão gerou revolta, sinalizando uma divisão dentro da sigla em dois grupos, um formado pelos apoiadores do Alcides Bernal (PP) e que não apóia candidatura de Athayde e outro que defende a candidatura dele.
Filiada ao PPS desde 2010, Cris Stefanny diz que Athayde tem se intitulado “dono do partido”, sendo autoritário e tomando decisões sem consultar as demais lideranças da legenda. “Ele tem falado asneira quando se diz dono do PPS. Existe um grupo que pensa com Alcides Bernal, que está no partido e ele ignora. Eu, assim como Luiza Ribeiro, caminhamos com ideias e as decisões devem ser debatidas por todos que integram o partido. Não haveria razão estar em um partido do modo que o Athayde vem agindo”.
De acordo com Cris Stefanny, parte do partido pretende alianças com maiores possibilidades de eleger três vereadores e ainda fazer parte da majoritária, tendo participação direta na administração de Bernal. “Triste e lamentável ver que o partido se apequena com candidatura própria apenas para satisfaze egos pessoais do Athayde e sua cúpula, onde o presidente sequer consegue ser imparcial na condução”, diz.
A solução, segundo a filiada, seria Athayde desistir da candidatura e debater as possibilidades com todos os membros da sigla. “Lamentável quando uma pessoa e seus correligionários não discutem com todas as lideranças partidárias e colocam seus projetos pessoais a frente do partido causando desunião. Por picuinhas pessoais com o Bernal, porque não quis aceitar partilhar as secretarias com envolvidos na Coffee Break e Lama Asfáltica, liderança única do partido se intitula dono dele, e não se abre para as possibilidades e por vaidade faz alianças com lideranças da Coffee Break”, completou..
Aliança Programática
Sustentabilidade e o PPS (Partido Popular Socialista) assinaram uma chamada “Aliança Programática” que firma um plano de administração dos dois partidos voltado principalmente ao desenvolvimento sustentável. Mesmo com a “Aliança”, a REDE e o PPS ainda não definiram a parceria em uma coligação para as eleições da prefeitura de Campo Grande.
“É um programa de governo dos dois partidos para administração de Campo Grande. Neste momento não estamos discutindo nome e nem cargo. É uma sintonia de programa e há a possibilidade de se tornar uma coligação após as convenções”, explicou o vereador Eduardo Romero durante solenidade de aliança. Ainda segundo o vereador, a “Aliança Programática” restringe coligação do PPS e REDE com partidos que não tenham o desenvolvimento sustentável como plano de governo.
