Falta de respostas a vereadores motivou investigação

O Procurador-Geral de Justiça encaminhou nesta quinta-feira (14) um documento à Câmara de lido ao final da sessão antes do recesso parlamentar pelo presidente João Rocha (PSDB) afirmando ter encontrado indícios de irregularidades na gestão de Alcides Bernal (PP).

O ofício é uma resposta ao pedido de investigação feito pela Câmara de Campo Grande pela falta de resposta aos requerimentos dos vereadores, situação apontada como irregular pelo Procurador Geral.

Desde agosto de 2015, segundo os parlamentares, foram feitos 12.861 requerimentos com pedidos de informação. Desses, 388 foram respondidos. Ao ler o documento na sessão, houve uma discreta comemoração dos vereadores.

Paulo Passos reconhece a irregularidade e afirma que pedirá investigação na promotoria do Patrimônio Público a respeito.

Entretanto, até o final do inquérito, é possível que Bernal nem esteja mais no cargo. Segundo um dos assessores jurídicos da Casa, o prazo entre a instauração de um procedimento preparatório e o final dele, em inquérito civil, pode durar até seis meses.

Para João Rocha, a resposta do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul é importante. “Procuramos fazer o nosso trabalho da melhor maneira possível e ao acolher a nossa indicação o Ministério cumpre o que é determinado por lei. Politicamente, é importante o acolhimento da denúncia”, finalizou.