Operação Urutau: Bernal entrega dossiê no Gaeco com lista de funcionários

Documentos têm a relação de funcionários da Omep e Seleta

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Documentos têm a relação de funcionários da Omep e Seleta

Em novo desdobramento da operação Urutau, do do Ministério Público do Estado (MPE), o prefeito Alcides Bernal entregou pessoalmente ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta quarta-feira, uma série de documentos com a relação de funcionários que recebem seus salários por meio Sociedade Caritativa e Humanitária (Seleta) e Organização Mundial para Educação Pré-Escolar (Omep).

Bernal explicou que os documentos foram solicitados pelo Gaeco, mas não detalhou o conteúdo do dossiê. “São informações a respeito de situação que envolvem a seleta. A relação de pessoas que recebem via Seleta e Omep”, revelou.

A operação Urutau foi deflagrada ontem (13), e mira as contratações suspeitas feitas pela Seleta (Seleta Sociedade Caritativa e Humanitária) e Omep (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar). O Gaeco cumpriu três mandatos de prisão temporária, sete de condução coercitiva e 14 de busca e apreensão de documentos, inclusive, na Câmara da Capital.

Maria Aparecida Salmaze, diretora da Omep, teve seu mandado de prisão expedido na terça-feira. A responsável pela creche Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro, Kelly Ribeiro, e a contadora da Seleta, Ana Cláudia Pereira da Silva também foram presas, e levadas ao Estabelecimento Penal Feminino Irmã Zorzi, na Capital.

Investigação – O Ministério Público já havia apontado uma série de irregularidades nas contratações, e desde 2011, ainda na gestão de Nelsinho Trad (PTB), vinha propondo mudanças nas contratações por meio da celebração de TAC´s (Termos de Ajustamento de Conduta).

Dentre as irregularidades citadas no processo em andamento no MPE há discrepâncias de valores pagos a servidores terceirizados a serviço do município. Por exemplo, um marceneiro da OMEP recebe R$ 893 por mês, enquanto um serralheiro da Seleta recebe R$ 2,4 mil.

A Prefeitura de Campo Grande tem até junho de 2017 para demitir 4,3 mil funcionários contratados por meio dos convênios das duas entidades. 

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