Pular para o conteúdo
Política

OAB/MS se reúne com novo prefeito para debater Plano Diretor da Capital

Política de desenvolvimento
Arquivo -

Política de desenvolvimento

O novo prefeito de , deputado estadual Marquinhos Trad, esteve na manhã desta quarta-feira (30) na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul (OAB/MS) para participar da reunião ordinária da Comissão de Direito Imobiliário, Urbanístico, Notarial e Registral (CDIURN).

Na ocasião, a diretoria da Seccional, membros da comissão e demais entidades convidadas trataram da reestruturação do , encaminhado para votação na Câmara Municipal de Campo Grande e que deve ser colocado em pauta no próximo mês. O Plano Diretor segue um rito e tem como garantia legal a previsão de que sua elaboração será realizada com base na efetiva participação da sociedade em todas as fases de seu processo. 

No Estatuto das Cidades o Plano Diretor é considerado instrumento básico para orientar a política de desenvolvimento e de ordenamento da expansão urbana de um município. A Comissão de Direito Imobiliário questiona justamente o sentido contrário à legislação para o qual caminha a revisão do Plano Diretor. “O texto do Plano da forma como está não pode ser aprovado. Não fomos ouvidos pelo Planurb, não conseguimos dialogar. A ideia é construir um documento de consenso para que Campo Grande volte ao ritmo de crescimento que já teve um dia. A OAB/MS se manifesta contra a aprovação do Plano Diretor na atual formatação e, se não houver acordo, vai ajuizar a ação”, afirmou o presidente da CDIURN, Alípio Oliveira. 

Em seu discurso, o futuro prefeito de Campo Grande criticou os dispositivos que foram acrescentados ao Plano sem conhecimento da sociedade. O documento possuía, na fase inicial, 56 artigos. Na 4ª fase do processo o texto passou a ter 229 dispositivos. “A nossa voz não tem ecoado no interesse daqueles que administram a cidade. Se a Capital não evoluiu como deveria, a culpa não é do Plano Diretor e, sim do gestor. É preciso uma intervenção urgente contra a aprovação desse projeto”, destacou Marquinhos Trad durante a reunião.

O vereador Betinho compartilha a ideia, lembrando que não houve entrosamento entre os parlamentares para debater o assunto com as entidades envolvidas. “Temos elementos mais do que suficientes para rejeitar o processo. O rito processual se perdeu e a nossa responsabilidade não permitirá que apoiemos este Plano”. 

Inconformado, o presidente da Comissão do Meio Ambiente (COMAM), Arlindo Muniz, pontuou as deformidades do documento assegurando que a gestão municipal se utilizou de um organismo legal para fazer uma reestruturação administrativa. “A peça está viciada desde a origem. Estão tentando enfrentar a sociedade de forma arbitrária. Somos capacitados para estancar esta aberração”, declarou. 

Um dos representantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-MS), Eduardo Costa, sugeriu a implantação de um observatório com dados precisos sobre a cidade. “O planejamento da cidade deve ser feito de forma responsável e organizada, abarcando no Plano Diretor as questões ambientais”.  

O presidente da OAB/MS, Mansour Karmouche, alertou que o Plano Diretor – no contexto que se encontra – pode simbolizar um “pacote de maldade” para a população. “É muito periclitante que o Plano seja aprovado ainda este ano, no apagar das luzes, no final de um mandato. A atual administração não tem legitimidade para apresentar essa reestruturação. O futuro prefeito se comprometeu em fazer uma gestão democrática e é ele quem vai traduzir a nova realidade para a Capital. O ideal, portanto, seria que houvesse a participação dos novos gestores nesta decisão”.

O vice-presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-MS), Geraldo Barbosa de Paiva, mencionou cada etapa do Plano até a elaboração do Projeto de Lei. “As reuniões estão acontecendo diuturnamente com um grupo de trabalho formado por nove representantes da sociedade e a estratégia é aprimorar a proposta de acordo com os interesses da maioria”. 
Participaram da reunião os representantes da Associação dos Notários e Registradores de MS (Anoreg-MS), do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (CAU/MS), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso do Sul (Crea-MS) e Sindicato da Habitação (Secovi-MS). 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

UFMS promove caminhada por espaços culturais da universidade na próxima terça-feira

Café, Oração e Esperança: A Rotina Solidária do Bispo Bruno Leonardo.

Ministério da Saúde confirma nove casos de sarampo em Tocantins

Executado em ciclovia foi apreendido na adolescência por assassinato de xará em tabacaria

Notícias mais lidas agora

Facção mandou matar jovem em Campo Grande porque perdeu revólver, aponta investigação

legendarios arcebispo

Católicos reagem a aviso sobre Legendários: confira 4 pontos de conflito com Igreja

relatoria tereza nelsinho

Senadores de MS partem para os EUA e ganham destaque na briga contra tarifaço de Trump

UFMS abre 140 vagas para curso gratuito de francês

Últimas Notícias

Brasil

Dólar sobe para R$ 5,56 puxado pelo mercado externo

Bolsa caiu 0,21%, mas subiu 0,11% na semana

Política

Senadora Tereza Cristina irá integrar CPMI para investigar fraude no INSS

Estimativa é que R$ 6,3 bilhões foram desviados de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024

Polícia

Carro vai parar em canteiro de posto de gasolina após atingir motociclista

Acidente aconteceu no final da tarde desta sexta-feira (25), na Vila Planalto

Trânsito

Idoso atropelado na Avenida Duque de Caxias é militar reformado do Exército

Vítima foi atropelada na ciclofaixa nesta sexta-feira (25), pouco mais de duas semanas após completar 77 anos