Presidente do PSDB critica demora para adoção de reformas
Os dirigentes do PSDB passaram a cobrar mais duramente o presidente Michel Temer (PMDB) pela imposição de medidas impopulares, como os ajustes fiscais, o envio ao congresso das reformas Trabalhista e da Previdência e o fim dos reajustes salariais no funcionalismo público. “Tenho confiança que o presidente Temer perceberá que tem que liderar essa agenda rápido. Não queremos ser sócios de um fracasso anunciado”, diz Aécio Neves, presidente do PSDB.
Um dos momentos em que a tensão entre PMDB e PSDB ficou clara nas últimas semanas foi quando o projeto de reajuste dos salários dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e da defensoria pública foi divulgado. Os reajustes, considerados eleitoreiros pelos tucanos, fizeram as cúpulas do PSDB e do DEM criticarem a política econômica do governo.
Desde o primeiro pronunciamento pós-impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff (PT), o PSDB exigiu que o governo peemedbista anunciasse o comprometimento com a agenda de reformas, para consolidação de laços. Mas os tucanos temem que o governo estrategicamente deixe a agenda de lado para faturar uma imagem de “bondoso”, passando o ônus de brigar pelos ajustes fiscais para o PSDB e para o DEM.
“Se o PMDB não assumir as medidas amargas do ajuste, não vamos ficar de bucha de canhão”, afirmou o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, em uma reportagem do Portal iG. Os tucanos também alegaram que não aceitarão “se tornar aquilo que o PMDB foi para o PT durante os últimos treze anos”.
Em entrevista aos portais de notícias chineses, o presidente Temer falou sobre suposições de novas reformas ministeriais no governo. “Para ser franco, nem tive tempo de pensar e nem penso no momento [sobre a reforma ministerial]”, afirmo u o peemedebista. Temer e uma equipe de ministros estão participando do G20, na China.