Deputado classificou de ‘equivocada' declaração de Cunha sobre Temer

O deputado federal (PMDB), principal aliado do agora deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se disse surpreso com o votação expressiva para cassação do colega carioca.

“Já havia uma certeza de derrota por placar elástico, mas o número (final) foi surpreendente”, disse Marun. Foram 450 votos pela cassação de Cunha contra apenas 10 contrários, incluindo o deputado por Mato Grosso do Sul.

Durante a sessão da noite de ontem, segunda-feira (12), o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), um dos principais aliados da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na Casa, elogiou a ‘coragem' de Marun em se manter ao lado de Cunha até o final do processo.

“Cada um tem sua régua pra medir seu caráter. Fui aplaudido pelo Silvio Costa e parabenizado por toda a Casa. Construí em pouco tempo um conceito de pessoa que tem lado, é coerente com sua posições e não tem medo de defendê-las, mesmo os adversários reconhecem isso”, comentou Carlos Marun.

Sua posição de defender a absolvição de Cunha, reconhece Marun, pode ser ‘impopular', mas, para ele, a população busca ‘caráter' nos políticos, o que ele acredita ter mostrado na sessão de ontem. 

Equívoco

Cunha culpou o governo de Michel Temer (PMDB) como um dos culpados por sua cassação, por ter ‘patrocinado' a ascensão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara, em detrimento à candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF), aliado do peemedebista.

“Foi equivocado (acusação de Cunha). Cassação não é questão de governo. Essa situação não é de partido, cada deputado é juiz”, finalizou Marun, afirmando que o PMDB segue unido na sustentação do atual governo.