‘É um contratempo que teremos que administrar'

Prefeito eleito, (PSD) chegou à Prefeitura de por volta das 11h40 desta quinta-feira (29) para conversar com o prefeito (PP) sobre o rompimento do contrato com o Consórcio , anunciado nesta quarta. Para o novo líder do executivo municipal, este é um contratempo a ser administrado.

“A cidade não pode sofrer consequências diante de um ato unilateral. Vou conversar com o prefeito para entender o que aconteceu, já que esta é uma questão que já estava judicializada. Tenho que saber se, de fato, a coleta permanece, se 60 dias serão suficientes para uma possível licitação. Por outro lado, ouvimos da empresa que há parecer favorável do Tribunal de Contas Estadual sobre o contrato”, afirmou.

Marquinhos reforçou que não vai defender nem a decisão da Prefeitura e nem os interesses da empresa, apenas ‘o lado da população'. “Acho de grande irresponsabilidade se viermos a ficar 15, 20 ou 30 dias sem coleta. Também preciso me inteirar sobre os funcionários da varreção e da capina, se já foram demitidos. É uma decisão que afeta várias famílias. Se tem base em um relatório de 2015 e a decisão acontece a três dias do fim do mandato, fica uma situação difícil”.

Nesta quarta, Bernal anunciou em uma coletiva que o contrato seria suspenso por nulidade do processo licitatório. A decisão é resultado de um procedimento administrativo iniciado no ano passado para analisar a concessão do serviço de coleta de lixo, pintura de meio fio e capinação, repassado ao Consórcio por 25 anos.

Segundo o procurador do Município Denir de Souza Nantes, o procedimento constatou que houve superfaturamento de 36% nas notas apresentadas pela Solurb. Também consta um laudo da Polícia Federal informando que o Consórcio não teria o capital social informado, de R$ 53 milhões.

Apesar do rompimento, o serviço de coleta de lixo segue por mais 60 dias.