Procurador investiga envolvimento de senador em esquema de 2005

O procurador-geral da República, , teria solicitado um mandado de busca e apreensão contra o senador (PSDB-MG), que teria atuado para “maquiar” a CPI dos Correios em 2005, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. No entanto, o pedido foi abortado depois de o Senado garantir que daria acesso irrestrito aos documentos requeridos.

A Folha afirma que a suspeita é de que Aécio teria atrasado o envio de dados do Banco Rural à CPI, para ter tempo de apagar os dados comprometedores e evitar que tucanos fossem investigados. A informação é baseada nas delações do ex-senador sul-mato-grossense Delcídio do Amaral (sem partido). O inquérito está sob a responsabilidade de Gilmar Mendes.

Mendes teria permitido a operação, que foi barrada após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) emitir uma nota, em que rebate a versão de que os documentos teriam sofrido manipulação para beneficiar parlamentares tucanos, e encaminhou uma petição, na qual diz que os documentos são públicos e estão à disposição.

Em maio, o PSDB havia divulgado uma nota em que diz que Aécio jamais tratou de assuntos como a CPI dos Correios com Delcídio. “A solicitação do senador Aécio Neves ao Senado seguiu estritamente a legislação vigente, que permite que qualquer cidadão peça pesquisa de documentos oficiais, o que foi feito pelo setor competente do Senado, como atesta documento oficial”, diz a nota.