Algumas legendas simplesmente deixaram de existir

Os parlamentares que desejarem trocar de partido sem correr o risco de perder o mandato, tem até a 23h59 deste sábado (19) para fazê-lo. Este horário é o prazo final que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) receberá a comunicação oficial das legendas. Regionalmente, o partido do governo manteve a escrita de amealhar força política durante exercício do mandato. 

No comando do governo estadual desde o início do ano passado, o PSDB foi o partido que mais cresceu em Mato Grosso do Sul. Até agora, dobrou sua bancada na Legislativa, ganhou um deputado federal (Geraldo Resende) e ampliou sua bancada de um para cinco vereadores na Câmara de Campo Grande.

Quem mais perdeu foi o PTdoB, alcunhado nos bastidores de ‘peemedebizinho’, já que sempre seguia as orientações do principal líder do PMDB no Estado, o ex-governador André Puccinelli. O partido deixou de existir na Assembleia e na Câmara da Capital.

Sem Puccinelli no comando, os deputados Marcio Fernandes e Mara Caseiro agora integram o partido do atual governador, Reinaldo Azambuja, o PSDB, que também tirou, na janela, Mauricio Picarelli do PMDB.  O PSD também ganhou o ex-peemedebista Marquinhos Trad, e agora tem bancada na Assembleia.

O PMDB também viu diminuir seu tamanho. De maior bancada absoluta na Assembleia, hoje é o segundo partido. Na Câmara de Campo Grande perdeu tamanho e viu se aproximar o próprio PSDB e o PTB, organizado regionalmente pelo ex-prefeito Nelsinho Trad, que quadriplicou o tamanho da bancada na Capital, de um para quatro vereadores.

A janela também aumentou a bancada do SD na Câmara e deixou o PDT só com um representante na Assembleia, George Takimoto, já que Felipe Orro agora também é tucano.

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que instituiu a atual janela de 30 dias, ainda permite aos partidos enviar as filiações à até o último minuto deste dia 19 de março. Porém, não permite que parlamentares federais transfiram para nova legenda recursos do fundo partidário e o tempo de Rádio e TV.

* Câmara Federal

Criado em setembro do ano passado, o estreante Partido da Mulher Brasileira (PMB) foi quem mais perdeu parlamentares. Há um mês o partido tinha 19 deputados e, segundo dados fornecidos pela secretaria da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, até o final da tarde de sexta-feira, tem somente dois deputados e corre o risco de ficar com apenas um, pois o deputado Fábio Ramalho (MG) ameaça migrar para o PMDB.

O nanico Partido Trabalhista Nacional (PTN) foi quem mais ganhou com a janela. O partido, que começou a legislatura de 2015 com quatro deputados federais, viu sua bancada mais que triplicar, contando agora com 13 parlamentares.

Partidos que integram formalmente a base aliada do governo, como o PP e o PR, foram os que mais se beneficiaram com a janela. O PP, que tinha 40, tem agora 48, e o PR pulou de 34 para 40.

O PSD, do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e do presidente da recém-instalada comissão doimpeachment, Rogério Rosso (DF), ganhou três cadeiras e tem agora 34 parlamentares. O PDT, do ministro das Comunicações, André Figueiredo, ganhou dois parlamentares e agora conta 19 cadeiras na Câmara.

O PMDB perdeu cinco parlamentares, passando de 70 para 65. O PTB perdeu dois e agora tem 19 deputados. O PROS caiu de nove para cinco deputados.

O PT, segundo maior partido da Casa, manteve a bancada de 59 deputados. O mesmo aconteceu com o PCdoB que permanece com 12 parlamentares, a Rede Sustentabilidade manteve cinco e o PTdoB conta os mesmos três deputados.

O PSOL ganhou uma cadeira com a entrada da deputada Erundina (SP), que deixou o PSB. Além de Erundina, o PSB perdeu mais três deputados e agora está com 30. Também ganharam uma cadeira o PRB (atualmente com 21 deputados), PPS (11), PV (6), PSL (2).

Maior partido de oposição, o PSDB viu a sua bancada emagrecer de 53 para 48 deputados. O DEM, ganhou seis vagas, pulando de 21 para 27.  O PSC que tinha 13, passa a 15 parlamentares.

Recém-saído da base do governo, o PHS ganhou três cadeiras, e sua bancada agora é de sete deputados.

O PEN, que tinha dois deputados, com a migração do deputado André Fufuca (MA) para o PP, ficou com apenas um representante. O Solidariedade (SD) também perdeu uma vaga e agora está com 14 deputados.

O PMN viu sua única vaga desaparecer e agora não tem mais representante na Câmara, segundo dados da Mesa Diretora.

* informações da Agência Brasil

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