Prefeitura não pretende romper contratos

Pouco mais de 10% do quadro geral de funcionários da Prefeitura de é composto por terceirizados via (Sociedade Caritativa e Humanitária), conforme o presidente da entidade, Gilbraz Marques. Dos cerca de 21 mil servidores, entre contratados, comissionados e concursados, 2.175 são da sociedade. Em média a folha de pagamento do Município é de R$ 90 milhões, sendo que deste total 2,1 milhões diz respeito a tais contratos.

O MPE (Ministério Público Estadual) investiga a existência de um esquema de desvio de recurso públicos, por meio do pagamento de notas e salários a servidores ‘fantasmas', na Seleta. Uma suposta folha de pagamento paralela à oficial incluiria remunerações, algumas elevadas, a apadrinhados de políticos e diretores, tanto da própria Seleta, quanto da OMEP (Organização Mundial para Educação Pré-Escolar), que não está inclusa nos números acima citados. 

Gilbraz ressaltou que não tem autonomia de gestão sobre os recursos ou servidores municipais. “Atendemos as demandas do convênio, mas o caráter da necessidade da contratação é absolutamente do Município”, disse ao Jornal Midiamax.

Além disso, ele esclarece que os profissionais contratados pela Seleta que atuam na SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), bem como em Ceinfs (Centros de Educação Infantil), “são de gestão operacional da Prefeitura de Campo Grande”. Desta forma, o dirigente só pode tomar medidas quanto aos trabalhadores da própria entidade.

“Se constatado a falta de integridade profissional de algum dos nossos servidores da Seleta na Seleta, será apurado e tomada as providencias cabíveis”, completou. O prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), garante que investigação interna ocorre para detectar possíveis irregularidades, mas não pretende romper contratações para não comprometer o funcionamento de serviços públicos.