João Rocha diz que casa está fazendo seu trabalho
O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), comentou em agenda pública na manhã desta quinta-feira (10) sobre a lei do “tapa buraco noturno”. Para ele esta é mais uma do festival de maldades da Câmara e irá entrar na justiça.
Esta lei prevê realização de obras de manutenção asfáltica somente no período noturno, entre às 20h e às 4h da madrugada. “O trabalhador que faz o seu serviço a noite ele tem que receber o adicional noturno. Isso exige uma série de outras demandas a até despesas que não contém no contrato”, diz o prefeito.
Bernal ainda ressaltou que as empresas que prestam serviço vão exigir revisão do contrato. “Em consequência disso, os fornecedores de serviços vão querer um realinhamento de preço, um reajustamento e nesse tempo quem sofre é o povo que vai ter as vias com buraco e os serviços não sendo executados. É um absurdo o que fizeram. Vou entrar na justiça”.
Ao ser questionado sobre essa fala do prefeito, o presidente da casa de leis, vereador João Rocha (PSDB) rebateu a afirmação. “O prefeito continua na mesma esteira. Nós respeitamos. É um entendimento dele de administrar judicializando. Desde o primeiro momento tudo foi judicializado. Ao invés de cuidarmos de nossa cidade, acabou que tivemos que ficar cuidando de questões na justiça”.
Rocha prevê um novo tempo a partir do próximo ano. “Penso que esse tempo está por encerrar e que nós possamos trabalhar em harmonia, poder executivo e legislativo e a câmara jamais vai se furtar de continuar realizando seu trabalho, avaliando os projetos que chegam na casa, tanto vindos do executivo ou de compositura dos veradores”, enfatizou o presidente.
Lei
A medida prevê, ainda, que a restrição de horário diz respeito somente às Avenidas Afonso Pena, Mato Grosso, Fernando Corrêa da Costa, Ernesto Geisel, Eduardo Elias Zahran, Costa e Silva, Calógeras, Júlio de Castilhos e Três Barras.
Além das Ruas Bahia, Rui Barbosa, 13 de Maio, 14 de Julho, Brilhante, Bandeirantes, Manoel da Costa Lima, José Antônio, Padre João Crippa, Pedro Celestino, Barão do Rio Branco, Maracaju, Dom Aquino, Marechal Cândido Mariano Rondon, 7 de Setembro e 15 de Novembro.
Já nessa quarta-feira, o prefeito havia dito, via assessoria de imprensa que vai entrar com ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra a lei. Esta foi aprovada pela Câmara Municipal e vetada pelo prefeito, mas durante sessão dessa terça-feira (8) o presidente da Casa de Leis, João Rocha (PSDB), derrubou o veto.