Sindicato já está em estado de greve

 

Servidores do administrativo da educação em Campo Grande decidiram entrar em estado de greve na manhã desta terça-feira (12). A assembleia foi convocada depois que o prefeito Alcides Bernal (PP) publicou decreto que aumenta a carga horário dos servidores para oito horas.

Os servidores trabalhavam oito, mas por um acordo com a gestão de Gilmar Olarte (PP), passaram a trabalhar seis. Agora Bernal retomou a carga horária antiga, alegando que deseja melhorar o serviço, mas não agradou os servidores, que optaram por greve.

“O prefeito Alcides Bernal aproveitou as férias dos administrativos da Educação e dos Ceinf’s. Em janeiro 90% das escolas e 100% dos Ceinfs estão em férias. O sindicato imediatamente reagiu e hoje decidimos por greve”, explicou Marcos Tabosa, presidente do Sisem.

Tabosa explica que os servidores retornam ao trabalho no dia 3 de fevereiro e podem iniciar a greve já no dia 4 de fevereiro, caso Bernal insista com a ideia de retomar a carga horária antiga.

“Se mudar vamos determinar greve por tempo indeterminado e acampar em frente da prefeitura. São, aproximadamente, dois mil servidores e o ano letivo pode ser prejudicado”, explicou Tabosa. Segundo o presidente do Sisem, Bernal já tirou as oito horas de agentes comunitários, de combate a endemias e de saúde pública, mas eles ainda não reagiram.

Em março Bernal deve enviar para a Câmara o projeto para reajuste dos servidores e pode enfrentar nova briga. Tabosa afirma que se Bernal der pelo menos 20% de reajuste não precisa nem falar com ele. “Se conversar com João e Maria e der 20%, não tem problema nenhum. Vamos ficar observando.  Ele está achando que o Sisem é a Câmara de vereadores”, concluiu.