Ex-ministro foi preso nesta quinta-feira (23)

Preso nesta quinta-feira (23) o ex-ministro de Planejamento e Comunicações, Paulo Bernardo, foi citado durante depoimento do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido) em abril deste ano. Segundo o ex-petista, Bernardo privilegiava a empresa Consist Software Limitada desde quando atuava em Mato Grosso do Sul como secretário de Fazenda à época em que o deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos o Zeca do PT, era governador.

Segundo informações do Diário Oficial do Estado, empenhos com a companhia ae o final de dezembro de 2010, quando a gestão já era de André Puccinelli (PMDB). De acordo com publicação do Estadão, Delcídio disse que o ex-ministro “tinha uma capacidade forte de alavancar recursos para a campanha (de Gleisi)”, referindo-se à senadora Gleisi Hoffman (PT), esposa do preso na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato.

Sob a batuta de Bernardo de 2005 a 2011 o Ministério do Planejamento assinou acordo com o Sinapp (Sindicato Nacional das Entidades Abertas de Previdência Complementar) e a ABBC (Associação Brasileira de Bancos). As entidades, então, contrataram a companhia para desenvolver o sistema de gestão da margem consignável.

Em troca, a Consist recebia porcentual por empréstimo consignado fechado por servidores da pasta. De acordo com a investigação, depois disso a empresa repassou entre os anos de 2010 e 2013 a quantia de R$ 5 milhões ao escritório de advocacia Guilherme Gonçalves & Sacha Reck responsável coordenação jurídica das últimas três de Gleisi e atuou para o próprio Bernardo em outras causas não eleitorais.

Em depoimento Delcídio classificou o ex-ministro como operador de muita competência, no sentido de angariar fundos às campanhas eleitorais. Isso desde à época em que esteve em Mato Grosso do Sul. (Com informações do Estadão).