Shimabukuro também negou vantagens financeiras

O vereador Edson Shimabukuro (PTB) também apresentou defesa à ação da Coffee Break. Depois de listar seu currículo como engenheiro, o legislador de primeiro mandato rebateu acusações feitas pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) negando que tenha indicado pessoas à Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), bem como recebido dinheiro para votar pela cassação do prefeito Alcides Bernal (PP).

Inicialmente a defesa relembra irregularidades constatadas pelo Comissão Processante que culminou na cassação em março de 2014. Ressaltando que o próprio MPE-MS, junto ao MPF (Ministério Público Federal) e TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado), “registraram a existência de irregularidades na gestão do então Prefeito desta cidade, o que, por si só, já demonstra o acerto do voto deste vereador”.

Shimabukuro pontua que dos nomes citados na denúncia, Sidnei Oshiro, Paulo Tuyosi Kinoshita e Jean Saliba já eram nomeados na gestão de Bernal. De qualquer forma, observa que faz parte da atividade política legítima o debate com o Executivo sobre indicações técnicas, mediante sugestão de nomes para a Agetran, fato que não carateriza que o voto pela cassação tenha sido motivado por isso.

Quanto aos valores apontados como discrepantes na movimentação financeira do vereador, há explicações nos autos. Depósito no valor de R$ 11.600 destacado a investigação é, segundo a defesa, oriundo da venda do carro de seu filho. Vale lembrar que a conta é conjunta com a esposa médica atuante no mercado de trabalho, ou seja, que tem renda própria.

Já os R$ 22.9100 movimentados entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014 têm origem lícitas. “A maior parte dos depósitos referem-se às viagens realizadas pelo acusado enquanto membro da FNE e a verbas pagas pela própria Câmara (quotas de serviço e indenizatória)”. Por isso pede rejeição da denúncia.