O vice-presidente descarta CPMF em eventual governo
O vice-presidente Michel Temer (PMDB) já faz planos para um eventual governo. Em reuniões com articuladores, Temer afirmou que o país não teria como suportar uma alta carga de impostos em um momento de recessão. Ele descarta a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
No último domingo (24), ele se encontrou no Palácio do Jaburu com Paulo Skaff, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), um dos líderes dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT), à frente da campanha “não vou pagar o pato”.
A reunião durou cerca de seis horas. Skaff defende a intervenção mínima do Estado na economia, o que pode ser um indicativo de maior abertura de mercado num possível governo Temer.
“Numa situação como essa, em que os serviços públicos são de má qualidade, de escândalos de corrupção, o governo não deveria ter essa moral de pedir à sociedade mais impostos”, disse o presidente da Fiesp.
Skaff, que é filiado ao PMDB, tem sido apontado como o principal conselheiro político de Michel Temer. Há sondagens de que poderia vir a ser um eventual ministro, mas por enquanto, o presidente da Fiesp nega os rumores e afirma que não conversou com Temer a respeito de formação de ministérios.
