Votação do pedido de impeachment de Dilma ocorre domingo

A bancada federal de Mato Grosso do Sul confirma o clima de guerra que se instalou em Brasília devido a proximidade da votação do pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), tanto dentro quando fora do Congresso. Oposição e base correm contra o tempo para angariar votos, enquanto manifestantes de ambos os lado se organizam para acompanhar a movimentação ao vivo.

Tereza Cristina (PSB), que está em seu primeiro mandato, relatou que o clima está muito tenso e espera que o pedido seja aprovado. “O governo está jogando com a arma dele e a oposição com as nossas, mas estamos firmes para ganhar essa batalha”, disse. A deputada vai se pronunciar na tribuna neste sábado (16) em espaço aberto, porém com tempo cronometrado em 3 minutos.

“Nós fomos orientados a votar a favor, agora temos deputados que não vão votar, esperamos de 27 a 33 votos na nossa bancada (do PSB)”, contou. Elizeu Dionízio (PSDB) o clima é tenso e pesado como deveria estar e culpa a presidente por isso. “O governo Federal tem tentado se manter no cargo com propostas não republicanas. Infelizmente, a Dilma não entendeu que impeachment é democrático e está instalando verdadeira guerra civil”.

Geraldo Resende, recém-filiado ao PSDB, diz que embora a tensão esteja no ar, acredita que o impeachment vai ser aprovado com maioria esmagadora. “Temos um levantamento com mais de 370 votos e para passar são necessários 342”, disse. O deputado José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, se limitou a dizer que não há novidade e é preciso esperar o domingo. “Estou confiante”.

Da bancada federal o único que ainda não pronunciou o voto é o presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira. A reportagem tentou contato com ele, porém sem sucesso. No início da semana ele chegou a dizer que só votaria a favor da saída de Dilma se o mesmo processo ocorresse com o vice-presidente Michel Temer (PMDB).