Ele continua em São Paulo se recuperando de cirurgia da vesícula

O senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS), irá voltar para Mato Grosso do Sul e morar em Campo Grande e esta vinda parece estar perto. Segundo sua assessoria de imprensa, a previsão e que ele retorne para a Capital no mês de junho próximo. Ele está em recuperação de sua cirurgia em São Paulo.

No último dia 13, já havíamos tido a informação de que Delcídio de fato voltará a morar em Mato Grosso do Sul, seu estado de origem e iria se mudar para a Capital, mas não tínhamos a previsão de data. O ex-senador continua em São Paulo, onde se recupera da retirada da vesícula e dois tumores no intestino, além de estar resolvendo algumas coisas pessoais antes da mudança.

No dia 17 deste mês foi publicada a exoneração de seus funcionários de Campo Grande, já que são todos remunerados pelo Senado Federal e Delcídio não sendo mais senador, é automática a dispensa. Seu escritório na Capital também já foi fechado.

Cassação

Delcídio do Amaral foi cassado por 74 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção, no plenário do Senado Federal, na terça-feira (10). A única abstenção foi do senador João Alberto (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética do Senado.

Dos 81 senadores, cinco não compareceram à sessão: o próprio Delcídio do Amaral; Eduardo Braga (PMDB-AM); Maria do Carmo Alves (DEM-SE); Rose de Freitas (PMDB-ES); e Jader Barbalho (PMDB-PA).

Para que Delcídio perdesse o mandato, eram necessários, pelo menos, 41 votos favoráveis. O pedido de cassação do ex-líder do governo foi protocolado no Conselho de Ética, em dezembro, pela Rede Sustentabilidade e pelo PPS.

O mandato de Delcidio se encerraria em 2018. Com a decisão do Senado, ele fica inelegível por oito anos a partir do fim do mandato, ou seja, não poderá concorrer a cargos eletivos nos próximos 11 anos. Segundo a Secretaria Geral do Senado, Delcídio é o terceiro senador cassado na história da instituição – os outros dois foram Demóstenes Torres e Luiz Estevão.

Delcídio também foi líder do governo no Senado. Ele foi preso pela PF (Polícia Federal), em novembro do ano passado, por tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato ao oferecer R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

O ex-senador se tornou o primeiro a ser preso durante o exercício do mandato. Ele foi solto em fevereiro após fechar um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. Ele ficou 87 dias na cadeia. Quem assumiu a vaga de Delcídio no Senado, após sua cassação foi o seu suplente, empresário Pedro Chaves (PSC-MS), que tomou posse na última terça-feira.