Crescimento do país é mais importante que “denuncismo”

O governador do Estado Reinaldo Azambuja (PSDB) comentou na manhã desta quarta-feira (8) o pedido de prisão submetido pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao STF (Supremo Tribunal Federal), contra os parlamentares do PMDB, Renan Calheiros (AL), Eduardo Cunha (RJ), Romero Jucá (RR) e José Sarney (AP). Para o governador, “é preciso dar o direito à defesa ampla para que não se cometa nenhuma injustiça”.

“As instituições fortalecidas aprimoram as investigações e podem punir realmente aqueles que forem culpados, mas não podemos deixar que esse ambiente de denuncismo, onde o delator é o dono da verdade, não dê direito ao contraditório”, afirmou o governador.

Reinaldo comentou que os governantes estão muito mais preocupados com a retomada do crescimento do país do que com o clima de insegurança gerado pelas denúncias de desvios de dinheiro público e tentativas de impedir investigações, que “dominam o cenário do dia e da noite dos cidadãos brasileiros”.

Entretanto, Reinaldo não deixou de dizer que apoia as investigações. “Se cometeu algo errado, que pague, em todos os níveis, municipal, estadual, federal. Aquilo que foi desviado, que possa ser ressarcido”, disse. “Essa é uma decisão do STF. Decisões judiciais devem ser respeitadas”.

Pedidos de Janot

Na terça-feira (7), diversos veículos de notícia repercutiram o pedido de prisão do Procurador-Geral da República dos membros da cúpula do PMDB: Renan, Cunha, Jucá e Sarney. O pedido estaria há cerca de uma semana na mesa do ministro Teori Zavascki, sob alegações de que os investigados estariam atrapalhando as investigações da Operação Lava-Jato.

O ministro Gilmar Mendes se disse irritado com o vazamento do pedido de prisão, e afirmou que iria interrogar possíveis responsáveis. Além da prisão de Renan Calheiros, Janot também teria pedido que o presidente do Senado fosse afastado do cargo e que o ex-presidente José Sarney passasse a usar uma tornozeleira

(Sob supervisão de Evelin Araujo)