O assunto foi abordado por outros candidatos

Durante o debate realizado pelo jornal Midiamax na noite de sexta-feira (16) no auditório do Crea/MS (Conselho regional de engenharia e agronomia de Mato Grosso do Sul), o candidato do PSD à Prefeitura de , Marquinhos Trad, – juntando-se a outros candidatos que também tocaram no tema – questionou o que chamou de ‘desperdício na publicidade' e ‘promessas não cumpridas', na campanha da tucana Rose Modesto (PSDB). 

Durante a sabatina, Rose afirmou que Marquinhos ‘criticou a Caravana da Saúde'. O candidato rebateu. “Não critiquei a Caravana da Saúde. Disse que ela é boa. Todavia, não pode ser uma estação temporada onde as pessoas esperam de quatro em quatro anos a passagem dela por dez dias. A Caravana deixou um rastro no Portal da Transparência de milhões gastos em publicidade”, afirmou. 

“Poderia a senhora ter investido, como vice-governadora, em um hospital que não seria passageiro e  permaneceria na Capital. Poderia estar atendendo pessoas não apenas nas cirurgias eletivas. Mas a senhora preferiu dar milhões a muitas empresas, inclusive muitas delas que fizeram parte da sua campanha em 2014 para o governo e fazem parte hoje”.

Adalton Garcia (PRTB) voltou-se ao candidato e questionou sobre empregos, com destaque para a crise econômica -. “O Estado se encontra em grande dificuldade e a cidade, um verdadeiro caos. Sem compreensão e paz não conseguiremos avançar. Nós vamos reagir, fortalecer os conselhos municipais, fazer a multiplicação de empregos e criar programas de incentivo aos produtores rurais, fortalecendo incubadoras com artesanato, confecção, empresas trazidas com incentivos fiscais e incrementar o jovem aprendiz. E aí vamos superar a crise com determinação”, respondeu.

Na réplica, Adalton afirmou que compreende a proposta, mas acredita que não se pode fazer administração como em Três Lagoas, “dando essas isenções e depois as empresas vão embora.  Não podemos ser também o governo do imposto, temos que ter a grandeza para gerar emprego e renda no comércio”.

Marquinhos Trad disse ser notória a instabilidade, mas afirmou ter convicção de superar todas as dificuldades. “Temos gente honrada e competente e temos classe de empresariado inteligente. Vamos fazer a grande virada, criar com força e esperança os mais pobres e essa será a minha luta à frente da Prefeitura de Campo Grande”.

Ainda sobre a publicidade, o candidato voltou a ‘cutucar' o PSDB, comparando os gastos de campanha com a Segurança Pública, e utilizando como argumento o sistema utilizado para registro de boletim de ocorrência e troca de informações, o Sigo, que está fora do ar há uma semana. 

“Enquanto gastaram quase R$ 100 milhões em publicidade, o Sigo está parado. Problema no sistema, escrivães têm que registrar boletim de ocorrência de forma arcaica e inadequada. Pode ter certeza: vai ter novidade na renovação deste contrato. Tiraram um. Vamos ficar atento em quem vai entrar neste novo e milionário caso do Sigo”, afirmou.

Nas considerações finais, Marquinhos falou em gestão participativa. “Ninguém governa sozinho. Ninguém é dono da cidade, ela pertence a todos nós, a você trabalhador, a você dona de casa. Na nossa gestão vai haver diálogo. Vamos respeitar a independência, como foi quando lutei na questão da Enersul; enfrentei o governador na questão do IPVA ou quando bati na tecla contrária a vistoria veicular, que agora se reconheceu, mas não querem devolver o dinheiro. Mas, com conversa, independência, você forma o diálogo e tem gestão participativa”, declarou.

Debate

O debate do Jornal Midiamax do 1º turno das eleições municipais de 2016, aconteceu ontem, nesta sexta-feira (16), reuniu 11 candidatos a prefeito de Campo Grande e durou pouco mais de duas horas. A #debatemidiamaxchegou a ficar no Trending Topics do Twitter no país. 

 

Participaram do debate os candidatos que compareceram ou enviaram representantes ao chamamento para realização do evento, Adalton Garcia (PRTB), Alcides Bernal (PP), Alex do PT, Aroldo Figueiró (PTN), Athayde Nery (PPS), Coronel David (PSC), Elizeu Amarilha (PSDC), Marcelo Bluma (PV), Marquinhos Trad (PSD), Rose Modesto (PSDB) e Suél Ferranti (PSTU). Ficaram de fora por não enviar representantes à reunião, Pedro Pedrossian Filho (PMB), Rosana Santos (PSOL), Flávio Arce (PCO) e Lauro Davi (PROS).