Prefeito teria descontado pagamentos de grevistas
O prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) é investigado novamente pelo MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) por supostos atos de improbidade administrativa por cortar o ponto de servidores grevistas, mesmo após a paralisação ser considerada legal. A investigação é do promotor de Justiça Fernando Martins Zaupa, comunicada à Câmara nesta segunda-feira (1º).
Os profissionais da Reme (Rede Municipal de Educação) de Campo Grande haviam entrado em greve em março, depois de uma decisão conjunta em assembleia geral da categoria. Com o suposto corte nos pontos, os dias não trabalhados teriam sido descontados dos salários dos servidores. A denúncia foi protocolada no MPE-MS pelo vereador Eduardo Romero (Rede).
Membros do movimento de greve foram ao gabinete do vereador e relataram que teriam sofrido o corte ilegal. O promotor Fernando Martins Zaupa, da 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Comarca de Campo Grande, explicou que o órgão deve apurar os fatos e investigar ato de improbidade administrativa por parte do Executivo, no que caracterizaria “ofensa aos princípios da administração pública, da impessoalidade e moralidade”.
Zaupa delegou o levantamento de todo material que seja útil ao procedimento, como ofícios encaminhados para autoridades – entre elas a Semed (Secretaria Municipal de Educação). O promotor afirma que, caso os documentos não sejam remetidos, será configurado crime de recusa, retardamento ou omissão de dados técnicos.
(Sob supervisão de Evelin Araujo)